Se o seu "Titanic"​ estiver afundando... Você vai tocar violino ou se jogar como a Rose fez?
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Se o seu "Titanic" estiver afundando... Você vai tocar violino ou se jogar como a Rose fez?

Atenção: Contém spoillers!

Antes de mais nada, só pra alinhar com todos os possíveis leitores, Titanic é um filme baseado na história real do navio como o mesmo nome e que teve seu final trágico quando colidiu com um iceberg em 1912.

No filme do diretor James Cameron, duas cenas, na minha opinião muito emblemáticas:

1. os músicos com seus violinos que continuaram tocando a mesma música enquanto o barco afundava,

2. Rose (personagem principal, interpretada por Kate Winslet) lutando com o seu amado (Leonardo DiCaprio) para conseguir escapar da situação. Ela consegue e ele não! (eu avisei que tinha spoiler).

Neste artigo estou usando o Titanic como uma metáfora para toda qualquer circunstância em que você se encontra e que não está boa. Um emprego que não te traz felicidade e nem realização, um casamento falido, um chefe tóxico, um sócio ruim, enfim... imagine qualquer situação deste tipo.

A atitude de continuar tocando mesmo com o barco afundado, neste caso, é uma referência a teimosia, acomodação, intimidação, paralisia ou qualquer outro comportamento que te impede de mudar.

Embora algumas pessoas possam contra argumentar dizendo ... ah, mas seguir o seu propósito é algo nobre e é um sinal de persistência, afinal de contas, só aqueles que insistem conseguem vencer no final. Ok, este é um ponto de vista, mas eu não vou explorá-lo aqui, talvez porque o barco tenha, digamos, afundado mesmo!

Mas vale uma reflexão: qual é o limite entre ser teimoso ou persistente? Sinceramente, eu não acredito que exista uma resposta universal, cada pessoa ou circunstância fornecerão as pistas necessárias para esta resposta.

Voltando para o Titanic, aí vem a Rose com o Jack, corre pra cá e corre pra lá, pula do navio, luta e consegue se salvar. E este aspecto eu quero explorar.

Para mudar é preciso coragem! Coragem para renunciar! Coragem para abrir mão! Coragem para arriscar pelo incerto! E como disse a querida Brené Brown, a coragem de ser imperfeito, de se expor em situações nas quais você não controla os resultados.

Pensar, planejar, calcular riscos deve fazer parte de toda mudança, mas estas não serão as únicas coisas capazes de gerar movimento. Pelo contrário podem até gerar paralisia. Pensa, planeja, olha o risco, pensa, pensa, pensa e não age.

Quando você se lança para o desconhecido, um novo emprego, uma nova atividade, um novo negócio ou um novo relacionamento. O novo, o diferente requer uma boa e profunda respirada antes de agir. Uma dose de ousadia e uma pitada de irresponsabilidade. Se joga!

A vida é assim mesmo, cheia de tropeços e recomeços.

E como uma galera tem dito por aí: daqui a um tempo, você vai desejar ter começado hoje.

Beijo grande!

Vanessa Lemos

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