Se Tio Patinhas tem a moedinha número 1, eu tenho o livro número 1
Paulo Shelomon
🎭 Ator em formação | 👨🏻💻 Jornalista e Relações públicas | ✨ Consultor holístico
Hoje é dia do leitor no Brasil. Uma pena que a frequência de leitura da população seja baixa. São quatro livros por ano, sendo que 30% jamais comprou uma obra (fonte: Retratos da Leitura no Brasil, 2016). Quem sabe a realidade do povo e do próprio país fosse diferente se houvesse maior índice de leitura.
Pensar em tudo isso me faz correr para minha infância, lá pelos idos dos 6 ou 7 anos de idade. Lembro da professora Dirce, responsável pela minha alfabetização. Ela e a professora Keila, que de literatura ensinava tudo o que sabia. As duas foram responsáveis pelo estímulo a ler. Ler ensina, expande e liberta.
Na memória, uma competição de alunos para ver quem eram os alunos que liam mais, com recompensas e carimbos no controle de livros pegos na biblioteca e, certamente, lidos. Não sei precisamente dizer se o livro da foto, "Saladinha de queixas", de Tatiana Belinky, fez parte desse campeonato de leitura. Mas sei dizer que foi o meu livro número 1, que tenho até hoje!
Por isso, digo que se o Tio Patinhas tem a moedinha número 1, de tão igual ou maior valor eu tenho o meu livro número 1. Hoje, tantos anos depois, leio o mesmo livro e entendo os reais ensinamentos da autora, já falecida.
"Ai! Que mania essa de transformar coisas gostosas em xingamentos."
O livro traz frutas, legumes, verduras que presos às aparências externas vivem de reclamar e são infelizes. Acreditam que tudo é ruim. Um verdadeiro desastre. Mas, a verdade é que estão focados em outras coisas, esquecem das suas reais essências. Também não se recordam que agradecer é o melhor remédio e a melhor porta para se ter uma vida com mais qualidade.
Hoje, mais crescido e experiente, compreendo o real ensinamento além do texto simples e das ilustrações que atraem a curiosidade de qualquer infante. O que mais desejo é que se tenha "saladinha de agradecimentos", pois se não agradecemos pela vida que temos, pelo que vamos agradecer então?
Paulo Henrique Ferreira Shelomon, jornalista, relações públicas e fundador da Shelomon Comunicação
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