Se você trabalha com Saúde, seu futuro será feito com inteligência Real - e uma ajuda da Artificial
Como será o futuro das pessoas que trabalham com o setor de saúde e medicina? Por aqui, continuo um cirurgião e não um futurólogo, mas admiro esses especialistas que se dedicam a antecipar como vamos evoluir enquanto sociedade. Porém, com a experiência acumulada e levando em conta a própria história dessa área, consigo ter alguns indicativos de como vai avançar o nosso trabalho a curto e médio prazo. A missão de pensar em como será o amanhã mais distante eu deixo para os futurólogos de plantão...
Para testar se meu palpite principal sobre esse questionamento procedia, recorri à ferramenta mais falada do momento: o ChatGPT. Se você ainda não experimentou, eu recomendo - especialmente se for da área de saúde. E para justificar esse conselho, trago a resposta da Inteligência Artificial (IA):
“O futuro das pessoas que trabalham com medicina será significativamente influenciado pelo avanço das tecnologias”
Agradeço por confirmar a minha tese, ChatGPT.
Há exatamente um ano, antes da “febre” desse chatbot online, eu já falava, em um artigo para o portal Futuro da Saúde, sobre a necessidade de entender a IA como uma aliada no trabalho dos profissionais da nossa área, ao invés de uma ameaça à sua atuação. O risco está justamente para quem não entende como essa ferramenta pode ser fundamental ao papel que nós desenvolvemos. Para quem quiser ler o artigo, o link está no fim deste texto.
No Hospital Israelita Albert Einstein , por exemplo, já trabalhamos com uma IA que leva cerca de 30 minutos para avaliar a condição do paciente e a necessidade de internação no pronto-atendimento. E essa é só uma das várias funcionalidades em que a tecnologia já está operante por aqui.
Inteligências artificiais
Como todo tema que pauta a sociedade, a IA também tem implicações sobre a cultura do trabalho, inclusive para profissionais de medicina e da saúde.
Aproveitando o ensejo, gostaria de ajudar no entendimento sobre isso e diferenciar a Inteligência Artificial da Inteligência Artificial Generativa, que é o que mais tem chamado a atenção. A primeira, mais comum, é uma ferramenta para executar tarefas específicas e que já existe em nosso cotidiano há algum tempo. Um exemplo são os chamados chatbots, que são aquelas respostas automáticas de conversas com empresas no seu aplicativo de mensagens. E esse é só um dos usos, entre diversos outros.
Já o grande "pulo do gato" da IA Generativa está na capacidade de criar algo completamente inédito e inesperado, como textos, imagens, organizar informações complexas e muito mais - o céu é o limite para as capacidades do ChatGPT e do Midjourney, para citar apenas dois dos exemplos mais conhecidos. E, como era de se esperar, os sentimentos que essa façanha tecnológica despertam vão da admiração ao temor.
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De volta ao básico
Esse tipo de inovação sempre foi um grande aliado da medicina. Afinal, ela própria é uma tecnologia, já que, no Dicionário Michaelis, o termo é descrito como "o conjunto de conhecimentos técnicos e científicos que são aplicados a um campo de conhecimento particular". Sem esses avanços, não existiriam os tratamentos em saúde como conhecemos hoje nem os que ainda veremos se desenvolver no futuro.
A chave da questão não está no suposto risco que as novas tecnologias oferecem, mas em como saber utilizá-las. Tecnologias anteriores, como o telefone e o computador, podem ter sido vistas com apreensão na época em que despontaram. Contudo, você consegue se imaginar trabalhando sem elas? Estar em atualização com as soluções tecnológicas mais recentes e acessíveis é pressuposto fundamental para qualquer profissional, seja de hoje ou do amanhã.
Profissional do futuro, compromisso de sempre
Além da influência tecnológica, o ChatGPT também forneceu outras respostas à pergunta que fiz sobre como será o futuro das pessoas que trabalham com saúde:
Parece bem familiar, não?
O futuro da medicina está sendo escrito neste momento por práticas já consagradas há muitas décadas, mas que seguem em constante aprimoramento. E, se for para avançar com o auxílio da IA ou de qualquer outra tecnologia que venha a aparecer e seja usada para o bem, melhor ainda!
A quem tem interesse, clique aqui para conferir minha entrevista ao portal Futuro da Saúde , sobre o uso de IA na Medicina.
CHIEF OPERATING OFFICER [ COO ] - ADMINISTRADOR EXECUTIVO INDUSTRIAL - STRATEGY ADVISOR - GENERAL MANAGER [ CEO ]
1 a🤝
Coordenador de Administração na Estácio Alagoas.
1 aExcelente publicação, Dr. Sidney. Gratidão! Quando tornamos a empreender uma análise histórica do desenvolvimento tecnológico na humanidade, podemos constatar que invenções aplicadas à fabricação e a reprodução massiva a partir do surgimento das indústrias, como a prensa hidráulica de Guttenberg, nos idos do século XV, não substituíram o ser humano, e sim, passaram a agregar, contribuir, acrescentar e otimizar a sua rotina. Ao invés de escrevermos manualmente páginas e mais páginas, surgira, adiante, as impressoras, com diferentes tecnologias, como a jato de tinta ou à laser e, entre elas surgira competição. O mesmo se aplica às câmeras analógicas e, posteriormente, as conhecidas fotografias digitais, o ensino presencial x EaD, direção mecânica x direção hidráulica. O professor e criador do termo "inovação disruptiva", Dr. Clayton Christensen, evidenciou em seu livro "The Innovators dilemma" (1997), que soluções com potencial disruptivo, de maneira clássica, não costumam chamar a atenção durante um momento inicial ou, até mesmo, por alguns anos, mas, quando começam a crescer, são exponenciais; Elas, muitas vezes, são voltadas para sanar uma necessidade que as próprias pessoas não haviam parado para pensar ou identificado.
Administradora de Empresa e Administração Hospitalar | Gestão de Clínicas Médicas | Coordenadora de Clinica e Hospitais | Supervisão|Coaching Empresarial
1 aMuito bommm
Farmacêutica • Coordenadora do GTT de Propaganda e MKT Farmacêutico • Marca Pessoal • Posicionamento • Reestruturação de perfil LinkedIn • Saúde
1 aSidney Klajner, excelente artigo! A IA já vem provocando mudanças significativas na área da saúde e concordo que ela seja uma aliada.
Mestranda em Saúde da Comunicação Humana
1 aÉ sempre bem vinda a reflexão sobre nossa atuação e atualizações em nossa área. O que não podemos é deixar que a criatura trabalhar sozinha e confiarmos cegamente no que nos apresentar. Além, é claro, de mantermos o olhar, acolhimento e respeito, que são humanos, com os pacientes.