Seguir "paixões profissionais" pode ser uma péssima ideia
Quantas vezes você ouviu “siga sua paixão para ser feliz no trabalho”?
Semana passada, se formou mais uma turma de Marketing Digital que acompanhei na Digital House.
Foi com esses alunos que me convenci de uma vez por todas que "seguir paixões" assim, logo de cara, pode ser uma péssima ideia para alcançar a felicidade profissional.
Pense no desafio que me apresentaram: conduzir a primeira turma no modelo blend aqui do Brasil. Trata-se de uma nova abordagem de educação semipresencial que aplica o conceito de sala de aula invertida, misturando aulas teóricas online com exercícios práticos e presenciais. Já é amplamente usada por grandes universidades internacionais, mas ainda é relativamente novidade por aqui.
Veja: sou apaixonado por aulas presenciais. Me encanto pela magia da troca de conhecimentos entre as pessoas que acontece em aula. A princípio, o modelo me sugeria que eu estaria perdendo um pouco dessa conexão com as pessoas lecionando frias aulas digitais diante de uma câmera e conduzindo uma sucessão de simples apoio a exercícios presenciais.
Um tremendo balde água fria na minha maior paixão, né?
Não foi nada disso que aconteceu.
O que aconteceu foi que vivi uma das mais profundas experiências de conexão pessoal da minha vida.
Testemunhamos histórias incríveis: desde jovens que, por conta do curso, batalharam e conseguiram seu primeiro emprego dos sonhos no olimpo das grandes agências de publicidade, até veteranos que estavam desistindo de si mesmos e reconstruíram sua auto-estima através desse novo universo profissional.
Tivemos pessoas que, durante o curso, demitiram seus sócios para recriar seus negócios, pessoas que superaram dores como suicídio, depressão e aborto enquanto estavam se empenhando em desenvolver novas habilidades aqui conosco.
Elas encontraram no blend uma possibilidade de viver essa transformação. E isso passa longe de desconexão pessoal, frieza digital ou afastamento dos alunos.
Essa conexão é o que eu mais amo nas nossas aulas.
Amar o que se faz é um objetivo legítimo, mas seguir sua paixão não é o caminho para chegar lá.
Por um motivo simples: não há um caminho “certo” esperando você adotá-lo. Paixões originais certeiras são raras: aqueles que desde criança sonham ser médicos, por exemplo. Na maioria das vezes, nossos desejos são baseados em fantasias e oscilam demais. Podem ser perigosos, causando ansiedade e troca constante de empregos, criando um profissional frustrado.
O lance é parar de ruminar sobre o que te apaixonaria.
Em vez disso, o caminho é desenvolver habilidades raras e valiosas, com estudo, disciplina e repetição. São essas habilidades genuínas que te permitirão definir os termos de sua carreira, dando-lhe controle e autonomia.
Parece uma forma de abdicar da sua paixão? Ao contrário: essa é uma forma de cultivá-la. Seja bom no que você faz — mas bom mesmo — e é desse ofício que a sua felicidade vai aflorar.
De todas as turmas que já formamos, a transformação que essa felicidade oriunda do estudo, disciplina e repetição podem provocar nunca foi tão grande! A conexão humana nunca foi tão intensa. Mesmo com metade das aulas acontecendo pelo computador.
Eu me emocionei muito com com essas pessoas. Posso ter até começado com a paixão meio ameaçada, mas terminei descobrindo uma felicidade profissional profunda. E foi só através desse novo caminho — que a princípio parecia completamente avesso às minhas paixões profissionais — que eu pude renovar novamente meus votos de formar profissionais de marketing digital sem deixar nossa humanidade de lado.
De quebra, ainda tive a honra de acompanhar e viver uma parceria incrível com a Priscila na sua primeira experiência profissional como professora. Uma profissional surpreendentemente competente, honesta e dedicada, que me ensinou muito mais do que imagina não só sobre o ofício da educação, mas também sobre seres humanos.
Quero agradecer muito a todos esses estudantes maravilhosos que se formaram profissionais incríveis, à minha parceira (coração na cabeça Pri!), a todos os professores convidados (Leka, Oka, Mateus, Luiz, Haddad e Guilherme) e aos meus líderes Hugo, César, Andrea, Igor e Edney. Tudo isso não seria possível sem vocês.
Foi uma viagem incrível e foi só a primeira.
Já não vejo a hora de começar a próxima. 🥰🙏
Aprender - habilidade que destrava todas as outras . founder @AprenderDestrava & @ProfeTalks - agência & comunidade de aprendizagem . train the trainers . criatividade . inovação . design . cofundador @EmpresaNoEIXO
5 aObrigado pelo que está fazendo, parceiro. Pode ter certeza que essa experiência é pra vida. A transformação é de todos, todos nós. Temos muito trabalho pela frente para espalhar esse jeito humano de experimentar o Marketing e a Educação. :) Bora!!
LATAM Paid Media Lead at Flywheel Digital | Online Performance e BI | Supervisora de Mídia Online
5 aParabéns, Cobbi! Incrível mesmo!
Futura Gestora de Negócios em Serviços de Alimentação | Analista de Marketing Digital | Jornalista
5 aQue texto lindo, Bruno Cobbi! Você se abriu por aqui, contando sobre desafios e conquistas. Gratidão por tudo que me ensinou! Foi uma experiência incrível acompanhar o desenvolvimento da nossa turma e crescer com eles. :) ah, o coração na cabeça foi a Noeli Rinaldi que nos ensinou: quando o carinho é muito grande a gente precisa de um coração bem grandão, que caiba a gente. Rs
Especialista em Marketing de Performance | Especialista em Mídia Paga | Comprador de Mídia | Especialista em Pesquisa Paga | Especialista em PPC | Especialista em Marketing Digital | Google Ads | Meta Ads
5 aParabéns pelo texto, Cobbi!