Segundo Semestre de 2021 - A Era dos Veículos Seminovos e dos Usados no Brasil - Visão Técnica e Opinião de Especialista.

De acordo com as pesquisas e de Tendências Mundiais sobre a retração de fabricação de Veículos Novos para a Renovação de Frotas e de Realimentar o Mercado Automotivo neste ano de 2021 é no mínimo Tenso. Pois como todo o ecossistema foi duramente afetado em todo o planeta, as Indústrias Automotivas de todo o Mundo, estão passando dificuldades de atender as suas demandas pessoais e de seus clientes Corporativos, ou seja, as Locadoras, as suas Concessionárias, pois os principais Insumos para a confecção de novos veículos necessitam além da matéria prima o Aço, está faltando em larga escala os componentes eletrônicos que são na nova realidade do Século XXI. Os insumos mais importantes para fazer os veículos novos saírem das plantas fabris prontos para atender a Demanda Nacional.

Com este cenário que estamos vendo no Brasil é fato que a demanda de veículos Seminovos e Usados a cada dia cresce de maneira assustadora, fazendo com que os veículos mencionados anteriormente, ganhe espaço para suprir as necessidades da população que ainda está muito receosa para utilizar os meios públicos de locomoção em massa, como por exemplo, Trens, Metrôs e Ônibus. (Covid-19).

Dados obtidos pela ABLA - Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis, relata que a escassez e alta de cerca de 30% do preço dos Veículos Novos (0KM), junto com a média de espera de 4 meses para receber os carros comprados, já estão provocando impactos nas atividades de Locação de Veículos, que afirma a Entidade que deverão ser estendidos até em 2022. Ressalta a Associação.

Com a falta de veículos novos para as Locadoras os veículos que estão rodando nas locações do diário (RAC) que já estão com o perfil de Desativação, ou seja, perfil de Desmobilização para entrar para venda de Seminovos, continuam rodando, isto faz com que os Custos de Manutenção e de Improdutividade cresçam e faz com que o MBCO das Locadoras aumentem comprometendo as suas margens de lucratividade e de idade dos seus ativos para revenda. Outro ponto Importante que se deve destacar, que as Locadoras de modo geral, utilizam os carros para revender em suas lojas de Seminovos para fazer fluxo de caixa e garantir a renovação de suas frotas, porém com este cenário, até para elas não estão tendo veículos suficientes para desmobilizar por falta de veículos novos comprados no final do ano de 2020.

Dados obtidos pela ABLA - Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis, relata que a escassez e alta de cerca de 30% do preço dos Veículos Novos (0KM), junto com a média de espera de 4 meses para receber os carros comprados, já estão provocando impactos nas atividades de Locação de Veículos, que afirma a Entidade que deverão ser estendidos até em 2022. Ressalta a Associação.

Com a falta de veículos novos para compra os Seminovos e Usados estão em alta no Mercado de vendas no Brasil e no Exterior também, o que fez com que os usados disparassem seus preços e a procura por este segmento a cada dia fica mais e mais acirrado, a disputa por veículos Seminovos e Usados nas Concessionárias e Revendas já surtiu efeito e em determinados lugares do Brasil, não ter mais variedade de carros para compor o mix de venda das Revendedoras. Isto mostra claramente que neste Segundo Semestre de 2021, a busca por veículos usados será mais expressiva do que nunca.

Um grupo de Revenda de Veículos aqui no Sudeste me falou que está difícil de conseguir comprar Veículos Usados para a sua Revenda e que carro Seminovo é Artigo de Luxo enfatizou um Grande Empresário do Ramo de Vendas de Usados ao relatar sua preocupação para a HGPS3 Consulting. O Empresário não quis se identificar.

Dados obtidos pela FENABRAVE -Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. Também corrobora para tal situação que é fato notório no Brasil Veja os Números da Entidade:

Vendas de veículos usados cresce mais de 63% e chega a 7,3 milhões no 1º semestre

Total de veículos usados transacionados superou os 7,3 milhões de unidades no 1º. Semestre de 2021, contra pouco mais de 4,5 milhões, no mesmo período do ano passado. O Presidente da FENABRAVE lembra que o crescimento se dá sobre uma base baixa, pois a pandemia afetou, fortemente, os negócios nos primeiros seis meses de 2020.

Segundo dados da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, as transações de veículos usados, considerando todos os segmentos somados (exceto tratores e máquinas agrícolas) – apresentaram leve alta no mês de junho sobre maio. Se comparado com junho do ano passado, o crescimento chegou a quase 80%.

“No primeiro semestre de 2020, a chegada da pandemia de COVID-19 fechou concessionárias e lojas independentes, comprometendo muito as negociações de usados nos meses de abril e maio, em todo o Brasil. Além disso, grande parte dos DETRANs – Departamentos Estaduais de Trânsito estava com operações limitadas, não realizando, por exemplo, as transferências de titularidade, interferindo, diretamente, no registro das transações”, esclarece Alarico Assumpção Júnior, presidente da FENABRAVE.

Automóveis e Comerciais leves

Com a baixa oferta de zero km, os automóveis e comerciais leves usados tiveram alta em junho sobre maio, somando mais de 990 mil unidades comercializadas. Em relação a junho de 2020 (546.538 unidades), o aumento chegou a quase 82%. 

No 1º semestre, o total de automóveis e comerciais leves vendidos, no Brasil, superou as 5,4 milhões de unidades, numa alta de quase 63% sobre o mesmo período do ano passado. “O mercado de automóveis e comerciais leves usados permanece aquecido e reduziu a disponibilidade desses veículos no mercado, em função das dificuldades que a indústria vem enfrentando na produção dos zero km”, comenta Assumpção Júnior.

Abaixo, os volumes e percentuais exatos:

Do total de automóveis e comerciais leves transacionados em junho, os modelos com até três anos de fabricação representaram 11,84% do volume comercializado, e 10,78% do acumulado do ano.

Acompanhe, na tabela a seguir, os dados de transações de veículos USADOS, para cada segmento automotivo.

Outro fator Importante é que por mais que a Indústria Automotiva se desdobre para suprir a carência de Veículos Novos para o Mercado, as opções de Carros por Assinatura vão crescendo com uma velocidade surpreendente, o que dificulta mais ainda a normalidade de renovação da frota das Locadoras. Vale lembrar também que as próprias Concessionárias estão trabalhando com Locação por Assinatura, isto é, uma demanda gigantesca que está fazendo o Mercado de Seminovos e Usados ser uma opção de locomoção mais prática e com a rapidez que os consumidores exigem pós Pandemia.

Depois de analisar profundamente o Setor de Veículos Seminovos e Usados, tenho convicção que após o fim do Primeiro Semestre de 2021 a procura por veículos para este segmento de mercado vai crescer mais e quem tiver o maior estoque, o melhor atendimento, o melhor pós venda e principalmente enxergar que pode fazer melhor para o cliente e ter a mente aberta para a Diferenciação para encantar o seu público alvo, com certeza vai sair na frente e com um resultado expressivo em vendas no segmento de Seminovos e Usados.

CRÉDITOS:

• ABLA- Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis;
• FENABRAVE -Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores;
• HGPS3 Consulting.

Legenda:

• RAC = Veículos para aluguel diário;
• MBCO = Margem Bruta do Custo Operacional.

Sobre o Autor: Gilbert Silva, Administrador de Empresas Profissional, Especialista em Gestão Empresarial, Gestão de Processos e de Pessoas, Gestor de Operações de Alta Complexidade, Consultor em Gestão de Frotas e de Mercados de Locação de Carros (RAC), CEO e Fundador da HGPS3 Consulting.