Seis caminhos de oportunidade para o crescimento constante das empresas

Quando ouvimos o termo “inovação” logo imaginamos em idéias geniais e surpreendentes que se materializam em startups unicórnios. Contudo, é preciso ter consciência de que a inovação está ligada à necessidade que as empresas têm de crescer constantemente, por novos meios, dentre os quais podemos destacar seis categorias, nas quais os gestores podem encontrar essas oportunidades de crescimento. Contudo, a escolha por um ou mais desses caminhos precisa ser intencional e não baseada no “achismo” ou na sorte.

• Novos processos: por meio da redução dos custos de produção e de entrega, automação, redução da “gordura” na cadeia de suprimentos ou no processo produtivo é possível vender os mesmos produtos/serviços com margens maiores.
• Novas experiências: encontrar novas formas de se conectar com seus clientes, criando uma experiência atraente, impactante, fidelizando-os.
• Novas características: a inserção de melhorias que resultem em compras incrementais pelos mesmos clientes.
• Novos clientes: vender mais do mesmo produto/serviço para novos clientes, localizados tanto em mercados com necessidades semelhantes ao core do negócio ou em mercados em que os produtos/serviços possam solucionar um problema diferente.
• Novos produtos: desenvolvimento de um novo produto, por conta da descoberta de novas necessidades do mercado ou investimento em uma nova categoria ou canal.
• Novos modelos de negócio: encontrar novas maneiras de vender o produto/serviço, criação de novos fluxos de receita, canais e formas de criação de valor.

Até aí, ok. E como distribuir os recursos?

A gestão de recursos escassos é uma constante e isso não é diferente na questão da alocação orçamentária para a "inovação" dentro das empresas. Uma forma de distribuir esses recursos é considerar um modelo de alocação orçamentária, dividido em quatro quadrantes do portfólio de inovação: evolucionário, diferenciação, revolucionário e falhas rápidas, e cada um recebe uma porcentagem de alocação do orçamento disponível.

Novos processos ficam fora do portfólio de inovação (sem alocação de orçamento). Novas experiências e novas características estão no quadrante evolucionário (cerca de 40% a 60% do orçamento). Os novos clientes estão no quadrante de falhas rápidas (cerca de 15%). Novos produtos estão no quadrante de diferenciação (cerca de 10% a 20% do orçamento). A combinação de novos clientes e novos produtos está no quadrante revolucionário (cerca de 5% a 10% do orçamento). Novas características podem cair em qualquer parte do quadrante.

Entender como e onde pode acontecer o crescimento é tão importante quanto a forma como os recursos são alocados. Isso garante aos investidores, gestores e equipe envolvidos uma visão macro dos riscos e retornos das iniciativas inovadoras, trazendo clareza para os envolvidos sobre para onde estão indo, aumentando o engajamento, e, eventualmente trazendo um pouco de autonomia, das equipes.

Este texto foi adaptado do artigo publicado na Harvard Business Review: The 6 ways to grow a company, de Gino Chirio.