SELFIE: Self-reflection on Effective Learning by Fostering the use of Innovative Educational Technologies

SELFIE: Self-reflection on Effective Learning by Fostering the use of Innovative Educational Technologies

Introdução ao SELFIE

O SELFIE (Self-reflection on Effective Learning by Fostering the use of Innovative Educational Technologies) é uma ferramenta desenvolvida pela Comissão Europeia para ajudar escolas e professores a avaliar e melhorar suas competências digitais. A sigla, que em inglês significa "auto-retrato", é uma metáfora adequada, pois a ferramenta permite que os educadores façam uma autoavaliação das suas habilidades e práticas digitais.

Funcionamento da Ferramenta SELFIE

Ela é projetada para ser usada por professores, alunos e a administração escolar. Por meio de um questionário online, os participantes avaliam como as tecnologias digitais são integradas em suas práticas e ambiente de aprendizagem. As perguntas abrangem desde a infraestrutura tecnológica da escola até o uso efetivo dessas ferramentas em sala de aula.

Benefícios do SELFIE para Professores

A ferramenta não apenas identifica áreas onde os professores são proficientes em tecnologia, mas também destaca onde eles podem melhorar. Isso permite um desenvolvimento profissional direcionado, o que é essencial em um ambiente educacional que está cada vez mais digitalizado. Ao fornecer feedback imediato , a ferramenta ajuda os educadores a integrar tecnologias digitais de maneira mais eficaz em suas metodologias de ensino.

Governos estão utilizando os dados coletados pelo SELFIE para moldar políticas que promovam a integração de tecnologias digitais nas escolas, visando melhorar o ensino e a aprendizagem. Estudos de caso de escolas na Espanha, Itália e Portugal, por exemplo, mostram melhorias significativas na competência digital dos professores e na integração tecnológica após a implementação da ferramenta. Mas, há também os desafios e limitações do SELFIE. Apesar de suas muitas vantagens, a ferramenta tem suas críticas, como a dependência da autoavaliação, que pode não ser sempre precisa, e a necessidade de uma infraestrutura tecnológica robusta, que nem todas as escolas possuem.

Com o avanço da IA e aprendizado de máquina, há potencial para que a ferramenta se torne ainda mais sofisticada e útil. A ferramenta tem potencial para ser adaptada e utilizada em contextos educacionais ao redor do mundo, ajudando a elevar as competências digitais globalmente.

Essa semana li um artigo sobre redes de escolas numa região norte da Espanha (Cantábria). As escolas formam redes para auxiliar nas fraquezas e fortalezas da comunidade escolar, desde questões organizações a formações dos docentes. Os pesquisadores usaram a feramenta SELFIE para avaliar o nível de formação e transformação digital dos docentes e das escolas, mapeando em cada rede quais seriam os docentes que mais usavam as ferramentas digitais e metodologias adequadas para o ensino e a aprendizagem e as redes que esses pioneiros possuiam. Claro, usaram metodologias de análise de redes. O objetivo é mapear o potencial das redes desses educadores nos níveis pessoal, organizacional e institucional. As redes desses educadores têm mais aderência para políticas públicas do que entidades externas que ditam mudanças de cima para baixo e chamar atenção para o olhar em rede para as instituições de educação. No caso da pesquisa, uma rede de colaboração composta por 11 escolas, apoiadas e financiadas pelo governo.

O pioneiros exercem funções de mediações entre a intituição de ensino e a administração pública e entre os própios educadores. Essas funções são exercidas informalmente e eles sequer têm consciência dessa atuação.

Um segundo ponto que chama atenção diz respeito as tecnologias adotadas por essas escolas: uma plataforma do governo (yedra), o pacote office, a suit google for education e um conjunto de softwares periféricos escolhidos informalmente pelos educadores, como o kahoot, genially, instagram, whatsapp, facebook, team, one drive e adotadas nas suas atividades escolares. Outro ponto, é a dificuldade que alguns sentem adaptação nas mudanças de tecnologias proprietárias e a convivência com as políticas de direcionamento de uso devido a questões de segurança. Há uma curva de aprendizagem grande a cada mudança de tecnologia no chão das escolas. No mais, as mesmas barreiras que enfrentamos no Brasil: carga horária excessiva e problemas com a formação sempre fora do horário de trabalho.

A integração dessas abordagens pode não apenas melhorar a educação digital mas também fortalecer a comunidade escolar como um todo, promovendo um ambiente de aprendizado mais adaptativo e resiliente.

Jose Esteves

SDG4 Global Chair, Country Director, CEO, Founder, Consultant, Startups & Business Mentor, ESG Advisor, 3-Helix Executive, Post Doctoral Researcher, Steering Committee, Publishing Council, MBA Professor, Author, Speaker

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