Semana de Enfermagem em Ambiente Virtual
O mês de maio é o período em que homenageamos a Enfermagem. Isto em referência a Florence Nightingale, um marco da enfermagem moderna no mundo, e que nasceu em 12 de maio de 1820.
Neste período, também nas Faculdades Integradas de Taquara - FACCAT, organizamos a Semana de Enfermagem FACCAT (SENFF). São dias de intensas atividades integradas junto aos alunos, professores e trabalhadores de saúde da região.
São momentos pautados por interações pessoais, troca de vivências e experiências, além de ser um evento científico que proporciona o avanço intelectual da profissão.
Aprecio as discussões sobre nossas teoristas: enfermeiras precursoras que galgaram o caminho antes da nossa época de atuação. Minhas prediletas: Orem - com a teoria do autocuidado; Wanda Aguiar Horta - abordando as Necessidades Humanas Básicas (NHB); Florence - a primeira enfermeira sanitarista; Jean Watson (que ainda vive) - com o cuidado transcultural.
Refletindo sobre a evolução da enfermagem durante os anos, sabendo da essencial atuação destes profissionais para os serviços de saúde, vimos que o produto que agrega valor à nossa assistência é o cuidado.
O cuidado qualificado, baseado em evidências e na ciência; além de nortear as nossas práticas (muitas vezes avançadas!), denotam a importância de desenvolvermos uma identidade enquanto categoria - que interage e atua com outros profissionais - nos fortalecendo e valorizando uns aos outros e ocupando nossos lugares de fala.
Dado o momento atual, de enfrentamento da pandemia de COVID-19, neste ano de 2020, a SENFF ocorre totalmente em ambiente virtual. Que desafio! Falar de cuidado que também requer o toque, e de ensino presencial, em ambiente remoto!
Momentos esses, de constante construção de conhecimento, de adaptação à situações novas, de mobilização da zona de conforto, de nos reinventarmos, enfim, lidar com o que nos parece conhecido, de forma desconhecida.
A incerteza do amanhã nos põe em situação vulnerável. Por vezes nos chateia, nos perturba, nos incomoda, nos faz duvidar das verdades absolutas. E ainda, escurrassa na nossa face o fato de não termos o controle absoluto sobre tudo, como pensávamos outrora.
E que bom! Sim! Que bom!
Podemos (e acredito que devemos!) extrair desse momento, os mais valorosos conhecimentos e sentimentos que pudermos ter! A sensibilização de que somos importantes enquanto enfermeiros. E somos importantes, não pelo romantismo da profissão somente. Sabemos que é importante nos envolvermos em amor e compaixão durante nossa assistência. Mas queremos - e merecemos, mais. E neste momento de violentas turbulências, devemos deixar marco na história no que tange ao crescimento positivo da nossa profissão. Contudo, é importante que façamos um esforço individual, para o desenvolvimento coletivo, e nos questionemos: você está pronto para estar onde está e para receber o que pede e deseja? Espero que a resposta seja positiva. Caso contrário, é hora de despertar! E não somente isso. De ter atitude!