Ser Criativo: Processo Individual ou Criativo?
A criatividade é um atributo chave para o profissional em mundo globalizado. Todas empresas procuram perfis de pessoas que tem olhar aberto sobre o mundo em que vivemos e especialmente suas mudanças repentinas.
Paralelamente, a evolução digital leva todos ao mesmo tipo de conteúdo e nunca houve tantos seres humanos influenciados pela mesma cultura. A padronização dos comportamentos, das culturas, dos modos de vida nunca foi tão forte.
Resumindo: é difícil ser criativo em um mundo padronizado?
A resposta depende do tipo de criatividade procurada: individual ou coletiva.
A idéia mais divulgada é que a criatividade é um atributo individual. De fato, se uma Idéia germe a sua cabeça, não é da cabeça do vizinho!
Mas seria simples demais achar que uma idéia brilhante surge do nada. Pode acontecer, é claro, mas na maioria dos casos, uma idéia surge de uma seqüência de raciocínios ou intuições que vem de outras idéias. Este processo pode acontecer individualmente mas também coletivamente. É a lógica do brain storming, ou toró de palpites, desenvolvido nos anos 70 principalmente nas agencias de propaganda. Um grupo de profissionais chamado de “criativos”se juntavam em uma sala e soltam qualquer tipo de slogan que poderia promover o produto em questão.
Quais são os princípios do brain storming?
Primeiro é que não deve censurar nenhuma idéia a priori. Solte o que te passa pela cabeça, por mais absurdo que pareça. Vai que cola!!!
Segundo é que alguém deve ter um papel de mediador: incentivar a ir mais fundos nas idéias promissoras e esquecer aquelas que não levam a lugar nenhum. O papel do mediador é essencial no sucesso do brain storming.
Terceiro e último: não pode ter medo de não chegar a lugar nenhum. brain storming improdutivo é freqüente. A cultura do resultado não casa bem com a técnica do brain storming. Apenas o fato de trocar idéias criativas é o melhor caminho para que a idéia boa surja, mesmo que mais tarde.
Este último ponto é fundamental para o nosso raciocínio. Como alguém pode afirmar que teve uma idéia SOZINHO? De fato ninguém! Sem duvida, uma idéia é o fruto de outras idéias alheias, de uma inspiração que veio de outro. Saber fazer surgir idéias novas e promissoras coletivamente, e afirmar a sua paternidade ao grupo e não a qualquer indivíduo, é o segredo de uma equipe criativa perene. Ficar criativo sozinho até ficou mais fácil, pois hoje temos mais acesso às informações e conhecimento. Mas ficar criativo em COLETIVO, eis o desafio do momento!
As vivências criativas oferecidas pela ATHUE, Alaya Transformação Humana e Empresarial, concebem situações quando as idéias criativas surgem do coletivo. Um bom exemplo é a dinâmica de náufragos: equipes devem construir uma embarcação e descer um rio ou cruzar uma lagoa com ela. Saber escolher as boas ferramentas, desenvolver as técnicas adequadas e decidir tudo isso coletivamente, é um desafio de criatividade coletiva que permite uma verdadeira experiência, intensa e imediata.
A pressão do barco não afundar, o acesso visual às outras equipes fazendo o mesmo processo, tudo isso potencializa o aprendizado e permite identificar as atitudes de cada um que contribuíram para o sucesso ou ao contrário para o fracasso do objetivo proposto.
As discussões que seguem a vivência, chamadas de devolutiva técnica, são mais produtivas e proporcionam uma implicação melhor já que a vivência foi muito rica.