Ser uma empresa diversa é o suficiente?

Ser uma empresa diversa é o suficiente?

Na última semana, esta imagem viralizou nas redes. E a principal mensagem que se passa é: “Atualmente temos pessoas diversas nas empresas, porém essas pessoas não acessam os cargos de prestígio ou de poder”. E aqui, aproveito para repetir o que eu digo sempre: falar sobre opressão - seja ela qual for – é falar sobre disputa de poder.

Mas apesar da discussão sobre as relações de poder ser um tema muito interessante, quero aproveitar o hype desta imagem para trazer uma outra discussão importante: a diferença entre diversidade e inclusão no ambiente de trabalho.

E, para começo de conversa, trago a frase de Vernā Myers (VP Inclusion Strategy na Netflix): “Diversidade é convidar para a festa, inclusão é chamar para dançar”. Esta frase, apesar de simples, é muito assertiva. Pois nos lembra que diversidade é tão-somente popular espaços com pessoas diversas, o que é extremamente relevante. Mas inclusão é ir além, é fazer com que essas pessoas tenham as mesmas oportunidades que os grupos hegemônicos sempre tiveram.

Sendo assim, quando olhamos para empresa representada na imagem, o que vemos é uma empresa consideravelmente diversa, porém nada inclusiva. Isto porque, apesar de ter uma grande capacidade de atrair talentos de grupos diversos para os cargos de estagiários e trainees, a empresa não consegue reter esses talentos e, tampouco, tem a capacidade de garantir o acesso desses talentos aos cargos de prestígio e poder da instituição.

E essa, infelizmente, é a realidade da maioria das empresas do Brasil e do mundo. Em pesquisa publicada pela McKinsey & Company (2017), demonstra que a representatividade média de mulheres em cargos executivos no Brasil, EUA e Reino Unido é de 14% (6% no Brasil). E se olharmos para raça, vemos que a média de representatividade nos cargos executivos é 13% em média.

Sendo assim, é fundamental que as empresas passem a levar mais a sério o tema. Não se atendo somente a garantia da diversidade, mas implementando programas de inclusão consistentes, que façam com que as empresas se mostrem de fato aliadas da sociedade no combate às desigualdades e que as possibilite usufruir dos benefícios de um ambiente de trabalho diverso.

Luã Sarmanho, Msc 🏳️🌈

Mestre em DHO | Liderança | Business Partner | Spanish English Portuguese Speaking | Mentoria voluntária

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Acredito que ter uma equipe diversa seja o primeiro passo, Gabriel Leví Borges de Souza. Outro passo seria saber como trabalhar com a diversidade, de gênero, de condição social, de orientação sexual e até mesmo intergeracional.

Felipe S. Vivas de Castro

Assessor Jurídico @ PRT-15° Região - Ministério Público do Trabalho Editor Assistente @ Revista Jurídica Trabalho e Desenvolvimento Humano da Procuradoria do Trabalho da 15ª Região

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Diversidade e inclusão são temas que não deveria passar ao largo de nenhuma corporação na contemporaneidade... Excelente tema para reflexão!

Vanessa Lança

Administração l Financeiro

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Show!!! 👏👏👏👏

Vinicius Moura

Advogado. Mestre em Direitos Sociais. Pesquisador em Direitos Humanos e Direito Internacional.

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Preciso e necessário como sempre, mano!! Parabéns!

Giulia Keese Montanhesi

Legal & Corporate Affairs | Global Litigation and Crisis Management Specialist | Anheuser-Busch InBev

4 a

Mais que necessária essa discussão!

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