Shark Tank Brasil: Usando Bananas para Inovar na Gastronomia

Somos movidos por propósitos e inovação.

Empreender é ousar acreditar que podemos ser impulsionados na direção dos nossos sonhos.

Os obstáculos nos dão mais força para continuar e as conquistas são apenas o resultado de algo muito maior.

Não existem limites para criar, experiências se tornam material para a criatividade e acreditar nos leva adiante.

Da tecnologia para as cozinhas, Fabricio Goulart deixou o mundo de TI para seguir o seu sonho na gastronomia.

Conheça mais dessa história e comece a tirar o seu projeto do papel!

Como tudo começou

Fabricio — A minha carreira começou trabalhando com tecnologia da informação para uma multinacional, durante 8 anos.

Eu já havia crescido dentro da empresa e conquistado o cargo desejado. Até que vi um vídeo o qual dizia: se o dinheiro não existisse o que você estaria fazendo? Respondi para mim mesmo: cozinhando, é óbvio.

Sempre fui muito próximo da comida por conta dos meus familiares, já tinha a paixão gastronômica no sangue.

Naquele momento pensei: já tenho uma segurança econômica, por que não arriscar? Então decidi criar um plano para fazer essa mudança.

O Fabricio foi bem ousado, abandonou um lugar bem confortável para não se arrepender quando já não tivesse mais oportunidade.

Quando você ama algo, tudo ganha mais sentido e o trabalho se torna mais prazeroso.

Sem medo de começar do zero

Fabricio — Pedi demissão, fiz um curso de gastronomia no Senac e tive vontade de morar fora.

Fui para Vancouver no Canadá, comecei lavando pratos no restaurante indiano e procurava outro trabalho nas minhas folgas.

Consegui e o meu novo trabalho era no restaurante canadense. Após 3 meses cheguei ao cargo de chef de partida, por causa de meritocracia.

O que me ajudou muito foi a experiência anterior em multinacional em relação à hierarquia, respeitar sempre os meus superiores, falar de maneira formal e não misturar o ambiente profissional com a vida pessoal. Ali me profissionalizei.

Busco sempre ter um olhar positivo e extrair o melhor de qualquer experiência. Já ouvi pessoas reclamando por algo não corresponder às suas expectativas. Quando existiam outros fatores positivos ou subjugar pessoas com uma trajetória incrível por sair do convencional — toda experiência é válida.

Ketchup de banana?

Fabrício — Então voltei ao Brasil, em 2014, com a ideia de empreender. Queria ser dono do meu próprio negócio na área de alimentação.

Pensei: o que o Brasil teria para me proporcionar que eu pudesse vender depois para o mundo? Precisaria ser algo inovador e que tivéssemos em abundância.

Banana! Ketchup de banana.

Comecei a minha ideia em torno desse produto brasileiro, alegre, tropical e com a cara do Brasil.

A Feitosa Gourmet

Fabricio — Quando comecei a estudar sobre banana refleti sobre os desdobramentos do seu nome científico — musa. Pensei como ela é quase intocável qual seria a melhor forma de tratá-la. Qual seria a forma mais sustentável para tratar a banana.

Descobri que a banana é a fruta mais consumida no mundo e também a mais desperdiçada. Ninguém come a casca ou quando está muito madura.

Então peguei bananas bem maduras, pensando no mesmo conceito de tomate para molhos e comecei a transformá-las em molhos. Ketchup original, picante, spicy e barbecue.

Para resolver o outro problema, pensei em usar casca de banana orgânica para fazer caponata — um antepasto com azeite, cebola, um pouco de alho e algumas especiarias. Criei um subproduto que iria para o lixo ou para a compostagem.

Quando criei a Feitosa Gourmet a minha ideia era apenas trabalhar com um produto brasileiro de forma inovadora e criativa, mas a startup também ganhou um propósito.

Hoje trabalhamos com o foco na diminuição de produtos orgânicos que iriam para o lixo, transformando-os em alimentos bem nutritivos.

Propósitos fortalecem marcas e nos tornam seres humanos melhores. Autenticidade e ação são esperadas pelo consumidor, porque quando ele escolhe uma marca, começa a fazer parte dela.

Quando tudo parecia perdido

Fabricio — Nos anos de 2016 e 2017, levei um foodtruck para São Paulo e o mercado estava em declínio — já tinha ketchup de banana no foodtruck, mas era algo muito artesanal, sem o foco de comercialização em grande escala.

Nesse período comecei a desacreditar no negócio, o mercado estava bem difícil, São Paulo tem um mercado muito competitivo. Fiquei um pouco perdido e tentava voltar para o mercado de TI.

Fiz entrevista para uma multinacional, sentei na mesa com a diretora comercial e ela disse: gostei muito da sua história, você tem muito a contribuir, mas se eu te contratar vou atrapalhar o seu caminho empreendedor e essa sua versatilidade. Acredito que o mercado precise de pessoas assim.

Pensei que já havia perdido a entrevista, fiquei bravo. Agradeci e fui para casa, fiquei pensando no que faria a partir daquele momento e no que foi dito.

Inscrevi a minha startup no Shark Tank e fui chamado duas semanas depois, nem eu acreditei. Passei na entrevista e naquele dia foi a minha virada.

Recebi vários nãos até que eu ouvi que o meu produto não era uma necessidade de mercado e respondi que nenhum produto inovador até então era, ele se tornou. Reverti a negociação.

A coisa não andou, mas todo mundo acabou me assistindo. Vi que o meu produto tinha espaço no mercado e investi nisso. A partir dali ganhei alguns prêmios, fui atrás de colegas e amigos que pudessem me ajudar fora da minha expertise e coloquei o produto no mercado.

Em cerca de 1 ano consegui ter mais de 1000 pessoas consumindo o produto.

Muito do sucesso está na resiliência. Quando pensamos nos nossos anseios é comum idealizarmos um caminho sem obstáculos, afinal quem criaria os seus próprios? Eles simplesmente acontecem.

Quando os problemas surgem, somos completamente desestabilizados e começamos a repensar as nossas escolhas.

No final tudo vale a pena e não imaginaríamos que aconteceria de outro jeito.

Uma oportunidade como a do nosso entrevistado não surge do nada, ele já tinha uma trajetória, já havia dado passos importantes na direção do sucesso. E então ganhou notoriedade, mais confiança e buscou meios para dar continuidade ao seu sonho.

As pessoas foram fundamentais, o caminho sozinho é muito mais longo e difícil. Não sabemos tudo e reconhecer isso é fundamental.

Humildade, resiliência e acreditar são os principais aprendizados dessa trajetória inspiradora.

Se você se sentiu mais motivado depois de ler este artigo, não deixe de ouvir a entrevista na íntegra no nosso Podcast Octanage . Nos vemos por lá!

Sobre o Octanage

É um Podcast com entrevistas e dicas práticas para todo empreendedor.

O Octanage nasceu para deixar o empreendedorismo mais perto das pessoas. Nosso objetivo é inspirar uma multidão ao redor do mundo a empreender melhor e a não desistir.

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VINX Digital

VINX é uma agência de marketing digital com o foco em ajudar pequenas e médias empresas a expandirem sua presença digital e a atingirem os seus objetivos.

Eu lidero a agência a partir de experiências anteriores em ter administrado e construído as minhas próprias empresas desde o início. Atrelado ao sucesso de ajudar outros empreendedores a atingir o sucesso no Brasil e depois no Reino Unido.

Acredito que para ter sucesso em levar as principais técnicas para outros negócios, é preciso entendê-los com profundidade. Construir e manter o relacionamento, celebrando as conquistas, aprendendo com as falhas. Adaptando e melhorando o que fazemos. JUNTOS!

Algumas agências costumam oferecer soluções prontas, sem se preocupar com a distinção de cada negócio. Fazem apenas pequenos ajustes no que já foi feito para outros. Presumem que os seus clientes tenham o completo domínio das mídias digitais e disponibilidade de tempo para a criação do seu próprio conteúdo.

Mas isso não é verdade. Dessa forma, criei o VINX para ser diferente.

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