Sim TU. Valoriza-te!!
Inconscientemente e até por pressão social, nós acreditamos que para sermos felizes a condição é “ter um alguém”. E em nome de um “Amor”, nós saímos numa procura louca e desesperada (estou a exagerar um pouco) envolvendo-nos em situações e com pessoas que na maioria das vezes não temos afinidade, o que nos conduz ao sofrimento, tristeza e carência.
Quando entramos neste ciclo perigoso, da “falta de nós mesmos”, viramos presas fáceis para o engano e ilusão. Existem pessoas que não conseguem ficar um dia sozinhas, vivem de namoro em namoro, de casamento em casamento, de engate em engate, procuram emendar a deceção do relacionamento anterior com outra pessoa, na tentativa de curar o vazio e a solidão..
Estão sempre à procura de alguém para colmatar todas as necessidades, resolver os seus problemas e proporcionar a tão sonhada felicidade. Estão sempre apoiar-se no outro. Não se amam a si próprios, não se gostam, não se conhecem. Não conseguem enfrentar os seus desafios, amadurecer e crescer..
Outros seres humanos sustentam anos de casamento ou namoro em nome de um amor que não existe mais. Entregam-se à rotina, à violência física, à tortura emocional, às ofensas, às vinganças e às traições. Seguem a sua vida acumulando problemas, mergulhados no desrespeito mútuo, que faz com que se destruam a cada dia que passa.
Na minha opinião são seres humanos acomodados e escravos ao destino que escolheram.
A minha pergunta de cem mil euros é: Vocês são felizes? Vocês conhecem-se a vós próprios? Há quanto tempo não se dedicam a vocês? Há quanto tempo vocês não fazem o que gostam?
Estarmos sozinhos não é o problema, o facto de não sermos felizes com a nossa própria vida é que é!! Nascemos sozinhos, estamos sozinhos o tempo todo. Quando sofremos ou sentimos alegria estamos a sós com o nosso pensamento, coração e alma. Os amigos e a família e os amores são as flores da nossa estrada, são o conforto e o carinho que precisamos para nos dar coragem e alimentar a nossa alma e espirito. Mas o trabalho a tempo inteiro para tal é somente nosso.
Todos nós queremos companhia e desejamos o amor.
Mas amar é partilhar e não depender.
É gostar e não escravizar.
É caminhar lado a lado com companheirismo, alegria e prazer.
É partilhar o nosso verdadeiro ser.
Que para sermos felizes só dependa única e exclusivamente de nós.
Um amor.. é consequência!
Simples assim.
José Morais
Clinical Psychologist
.13 de Maio de 2016.