Sobre buracos negros e nossos limites como humanidade
Ontem a primeira fotografia real de um buraco negro foi divulgada. Vamos refletir um momento na conquista monumental que isso representa?
Primeiro um conceito básico: buracos-negros têm esse nome pois nada escapa deles, nem mesmo a luz. Isso significa que, na prática, é impossível vê-lo. Só podemos ver sua influência nos corpos ao redor, sua sombra.
Pois bem, a M87 (a galáxia onde fica a grande "estrela" da foto) fica a 57 milhões de anos-luz, o que significa que a equipe do EHT (O Telescópio Horizonte de Eventos) precisou coordenar mais de 200 pessoas, em 11 telescópios e em mais de 30 institutos em todos os continentes, para olhar para um pequeno pedacinho do céu! Todos sincronizados por relógios atômicos para encontrar uma sombra!
A quantidade de dados era tão grande (350 terabytes por dia) que era mais rápido passar tudo para HDs e enviar por avião do que transmitir por fibra!
E os resultados? Repetindo: monumentais. Isso me faz pensar em quanto a Humanidade ainda perde por problemas pequenos, pela nossa falta de integração. Quantas revoluções deixamos de criar, tanto em escala global quanto nos nossos pequenos universos, por não integrar nossos esforços?
104 anos atrás, em 1915, Einstein propôs a Relatividade Geral. Nos últimos 104 anos, físicos do mundo inteiro conduziram experimentos para ajudar a provar ou reprovar suas ideias. Que os próximos 104 anos sejam ainda mais ricos e que possamos superar nossas diferenças, rumo às estrelas!
Parabéns Henrique! É espetacular a capacidade que a humanidade tem, de realizar coisas incríveis!
Senior Backend Developer | Software Engineer | AWS @ Zup
5 aParabéns pelo post Henrique!! Análise ótima!!
Profissional de TI Sênior (Processos ITIL, Gestão de TI)
5 aRealmente um grande passo para conhecer esses corpos celestes e ainda comprovar as previsões de Einstein. Parabéns pelo post