Sobre Cobrança e Frustração
Esses dias estava em uma dessas conversas cara a cara com uma amiga muito querida.
Sabe aquele tipo de papo de "muro das lamentações pessoais" — que eu, particularmente gosto muito — onde cada um tem seu momento de por a tensão pra fora e queimar o papel picado do que está passando?
Pois bem, papo vem e papo vai, conselhos vem e outros vão, até que chagamos em um ponto delicado que gerou uma boa reflexão.
Descobrimos que algumas vezes temos um costume muito ruim de fazer uma autocobrança excessiva e que isso acaba atrapalhando a gente em uma quantidade absurda de situações, principalmente se a gente usa nossa própria régua da autocobrança com as pessoas que nos cercam.
Isso tá MUITO errado!
Primeiro que deveríamos nos policiar mais sobre nossa autocobrança, ela deve ser mediada e contida para que seja boa e efetiva, pois se vem em excesso, faz um mal danado.
A autocobrança é um gatilho tão poderoso para a frustração que vai começar a limitar toda a sua capacidade de inovar.
Precisamos segurar a onda ainda mais quando estamos em uma posição de liderança ou dentro de times que demandam alta performance. Levemente a gente vai pasasando para as outras pessoas nosso próprio estilo de autocobrança, como se elas fossem obrigadas a irem até o limite em tudo o que fazem.
Se a galera entra nessa mesma pilha e se frustra, tudo virá em dobro. Afinal, a gente vai ficar frustrado pela frustração delas.
É aí que a casa cai!
E vai doer... Vai doer bastante! E o que temos que fazer é entender porque a gente errou e melhorar até entender que a razão de errar era o próprio medo de errar. — Veja só que ciclo vicioso sem vergonha!
Jovens líderes em formação, profissionais em ascensão rápida ou alguém que só caiu nesse texto e até agora tá se identificado, entenda que essa é uma situação que temos que lidar todo o tempo, daqui em diante. Talvez não vamos mudar nossa maneira de autocobrança pessoal, mas sempre precisamos ponderar o quanto isso é prejudicial para nós e aos outros.
Lembre-se da seguinte frase — clichê, confesso —
Ninguém é igual a ninguém e cada indivíduo é um mundo único de vontades e objetivos.
Bruno Siqueira
Pensador Fora da Caixa, Agilista, apaixonado por Pessoas, trabalhando diariamente na Evolução Constante do que importa e tem valor.