SOBRE FELICIDADE
Nos últimos meses tenho refletido muito sobre a FELICIDADE por sugestão da Faculdade de Filosofia que curso na PUC e também pelas minhas pesquisas sobre o Coaching. Sempre tive muitas restrições quando o assunto era felicidade, afinal, pra mim era um assunto pra quem não tinha nada pra fazer.
Diante das dificuldades que a sociedade vive no século XXI, mesmo com a tecnologia aproximando pessoas e serviços, esse tema torna quase que uma obrigação para pessoas que gostam e precisam refletir, ainda mais no meu caso que sou jornalista, professor de História e estudante de Filosofia.
Por falar em Filosofia, tenho pesquisado sobre o que os Filósofos da Grécia Antiga falavam sobre felicidade, o pensamento sobre essa palavra na antiguidade foi que moldou muito sobre a ideia de que temos hoje. Quando o assunto é felicidade, muitas pessoas hoje tem uma resposta própria, aliás, essa palavra é muito pessoal e intransferível, e muitas envolvem felicidade com dinheiro, saúde, amor, entre outros.
Tales de Mileto, filosofo do século 6 a.C, dizia que felicidade “É ter corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada”. Sócrates que viveu entre 469-399 a.C deu uma nova concepção à felicidade dizendo que ela não se relacionava apenas “à satisfação dos desejos e necessidades do corpo”, porque para ele, “o homem não era só corpo, mas principalmente alma, com isso, só com o bem da alma é que poderia chega à felicidade”. Antístenes, seu discípulo acrescentou que a pessoa com felicidade é aquela autossuficiente. Já Platão defendia que a pessoa só atingia a felicidade se ela praticasse a virtude e a justiça.
Esses são uns pequenos exemplos de como alguns filósofos antigos tratavam a questão da felicidade, você pode dizer que hoje temos uma concepção muito diferente, e temos mesmo, mas não estamos totalmente desconectados com esses filósofos.
Acabei de ler um livro chamado “Homo Deus”, do Historiador Israelense Yuval Noah Harari (sugiro a leitura desse livro pra todos), o autor é bem radical quando fala de felicidade, ele diz que a sensação de felicidade não existe, que ela só faz parte das nossas “descargas elétricas mentais”, que essa “tal felicidade” é momentânea, você pode ficar muito feliz por um tempo, mas logo seu cérebro se acomodará sobre essa felicidade e estimulará você a procurar outras realizações para dar andamento a uma aventura contínua, sem fim que é o envolvimento dos seus cinco sentidos na busca da felicidade, ou seja, ela é temporária, quase que uma utopia. Bem radical, não é? Mas não é nenhum absurdo concordar com ele. A vida, as pessoas e principalmente você exigem que sejamos sempre felizes e estamos sempre buscando algo para alcançar esse objetivo.
E você? O que acha dessa palavra “tão extensa” chamada FELICIDADE? É um assunto para refletirmos constantemente, polêmico, porém pode ser libertador no sentido de que tire a pressão das suas costas em ser tão feliz.