Sobre ferramentas e frameworks

Sobre ferramentas e frameworks

Confesso que quando pensei em escrever este artigo, a primeira dificuldade foi escolher um título que exponha o que quero dizer aqui, de uma forma clara e consistente. Com isso dito, neste domingo à noite, depois de muita reflexão, semana movimentada, novos contatos e leituras, me peguei pensando em algumas coisas que li e que me causaram um certo desconforto.

Tenho consumido muito material sobre gestão de produtos, gestão de roadmap, gestão de projetos, gestão de expectativas, gestão de pessoas...e por aí vai. Muitos materiais riquíssimos em detalhes de como as metodologias são usadas, como elas funcionam em empresa x, y, z e como estas conseguiram transformar suas realidades utilizando as exatas ferramentas exemplificadas. Muito conhecimento legal, boas leituras e ótimos cases.

Mas uma dúvida sempre fica martelando? Será que as Empresas sabem que elas são livres para construírem e desconstruírem seus frameworks de trabalho para obter a melhor forma de caminhar na direção do seu propósito? Escuto e vejo muitos outros cases de Empresas que tentam copiar estes mesmos exemplos e formatos que a literatura, por vezes, traz como ideal, e não obtendo bons resultados. Ainda me pergunto? Será que as pessoas e outras partes interessadas são ouvidas para melhorar os processos e propor boas práticas?

Enfim, não quero de forma nenhuma dizer que a literatura está errada, ou que as Empresas estão erradas. Pelo contrário, quero apenas dizer que há liberdade de escolher, de mesclar, de construir e de melhorar. Se utilizarmos o conhecimento que já existe exposto para que possamos consumir, combinar as ferramentas que as pessoas do seu time sabem lidar e declarar claramente o que precisa ser construído, acho muito difícil que não exista resultados a partir desta construção, e da melhoria contínua.

“Se você não pode descrever o que está fazendo como um processo, você não sabe o que está fazendo.” (WILLIAM EDWARDS DEMING)


Vinicius Rodrigues Nunes

Arquitetura de Software - Defensorias Públicas

4 a

O primeiro princípio do Manifesto Ágil está relacionado a essa reflexão. Aliás revisitar os princípios de forma colaborativa promove esse entendimento comum.

Aldo Rocha

Tech Manager | IT Manager | Professor

4 a

A questão è que: è mais fácil copiar do que criar, algumas empresas e profissionais sempre estão na longa busca pela bala de prata. Não seguir o By the book?? Ohhhhh Ta errado! Quando a mentalidade for RESULTADO, as coisas mudarão.

Laíny Moraes

Product Manager Sr na iFood

4 a

É que da mesma forma que pra construir um produto precisamos ouvir os usuários e as suas necessidades, para que possamos implementar um processo ou framework dentro de times ou empresas, é preciso ouvir quem tá ali no dia a dia! O que na maioria dos casos, não acontece!

Eric Pelakoski

Entusiasta de Inteligência Artificial, Board Member e empreendedor | Mentor do Programa IA para Leigos - Evoluindo carreiras, negócios e pessoas através da Inteligência Artificial | +20 anos de experiência em gestão

4 a

Roberta Kühleis, ótima reflexão. Por isso que o mercado está deixando de lado as "melhores" práticas, pelas "boas" práticas. O que é melhor pra mim pode não ser pra você! Então escolha e adapte o que é bom, até que tenha este sentido pra você também!

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