Sobre a Reforma da Previdência


A Previdência realmente precisa de reforma para acabar com privilégios, mas os governos sempre mentiram sobre a sua real situação e sempre quiseram fazer um tipo de reforma que prejudicasse o povo e beneficiasse os governantes e o mercado financeiro. Já foi provado pela Associação dos Auditores da Receita Federal, pela CPI da Previdência e por uma professora universitária economista do Rio de Janeiro que o déficit da Previdência não está ligado aos benefícios dos trabalhadores comuns e aos benefícios assistenciais, mas aos gastos com os benefícios dos militares, altos funcionários públicos, políticos, judiciário, às fraudes e corrupção no INSS, às isenções fiscais, ao não recebimento de dívidas ativas do INSS e, PRINCIPALMENTE, à lei (DRU) que permite o governo gastar até 30% do valor arrecadado pela Previdência em outras áreas, desde que esse valor não seja das contribuições dos empregados ou empresas, mas de outras fontes de receitas... O principal problema das contas do governo não está ligado ao déficit da Previdência, que pode ser sanado com a resolução dos problemas citados acima e a implantação do regime de capitalização, mas ao fato dele dever muito. O valor que o governo paga por ano com pagamento de parcelas e juros da dívida pública corresponde aos orçamentos da saúde e da educação e isto só aumenta a cada dia. Com a reforma o governo quer economizar dinheiro para pagar suas dívidas, ao invés de fazer uma auditoria nela para conhecer se há fraudes ou juros abusivos e negociar seu pagamento, e ainda aquecer o mercado de previdência privada, que lhe renderia muito imposto.

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