Sobre resiliência
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Sobre resiliência

Eu gosto muito da analogia entre o esporte e a vida profissional – no meu caso, mais de 10 anos dedicados ao voleibol e, posteriormente, à vida de jornalista. Eu comecei pequeninha no esporte, por incentivo dos meus pais e da minha irmã. E sempre fui muito apaixonada – e dedicada a ele.

 Desde muito nova, já na quadra, estava eu aprendendo as jogadas e as regras. Eu aprendi a ouvir. Aprendi, também, o senso de responsabilidade e comprometimento com o esporte e com o meu time. Conforme os anos foram passando, a categoria ia mudando, a velocidade e o estilo do jogo, também. Tive que decidir em qual posição eu jogaria e a baixa estatura colaborou. Mas, onde faltava altura, tinha que ter alguma habilidade. E, não tive dúvidas, desde sempre era para eu ser levantadora.

 Como levantadora, o meu papel era fazer o time jogar, dar condição para o jogo, e o ponto era consequência de uma estratégia bem executada. O vôlei me ensinou disciplina, a treinar – muito, exaustivamente, diariamente –, porque a prática leva à excelência. Eram horas de treino durante a semana e finais de semana dedicados aos campeonatos; e horas no transporte dedicados aos estudos para dar conta de tudo. O vôlei me ensinou o trabalho em equipe, porque a gente não faz nada sozinho. Me ensinou, também, a competir - a brigar pelo time, por cada bola (nenhuma era perdida). Aprendi a reagir, em viradas históricas e jogos emocionantes.

Com o vôlei, eu aprendi a comemorar – cada ponto, cada medalha no peito. Aprendi, ali na quadra, a respeitar – meus técnicos, minhas colegas e meu próprio corpo (nas recuperações das lesões, no cansaço de um jogo com tie break e mais de 2h de bola rolando, etc). Aprendi a comandar, em diversas oportunidades, como capitã das equipes. Mas, acima de tudo, o vôlei me ensinou a resiliência – a tomar pancada, aprender com os erros e seguir em frente.

 Perfeitamente adaptável para a vida profissional e a carreira, colocando tudo em prática depois de quase 11 anos em quadra. Em anos de treino, estudo e faculdade, viver o jornalismo é o maior desafio e a maior satisfação. Sempre vai ter o adversário difícil, sempre vão ter os dias de falta de sorte, ouvir é mandatório, trabalho em equipe nem se fala. Saber jogar o jogo, sempre. E, a resiliência é a principal marca.

Um dia, entre meus anos de experiência na área, um chefe me disse que uma das características que admirava em mim era a minha resiliência, minha capacidade de me readaptar, além de saber esperar. Eu levo isso para a vida. É do jogo: observar, planejar, atacar, defender e comemorar. Qual é o próximo desafio? 😉

Cristiane Claro

Gestão de Comunicação & Marketing | Relações Institucionais | Projetos Estratégicos

5 a

Muito bom, Mari! Gostei muito da analogia, principalmente dessa parte: " Aprendi, ali na quadra, a respeitar – meus técnicos, minhas colegas e meu próprio corpo". Além de respeitar à nossa chefia, nossos colegas, nossa mente e corpo também merecem esse cuidado. Parabéns!

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