Sobre nós, excessos e hábitos
Você acredita que o excesso de positividade e essa onda de "gratidão" atual podem ter um efeito negativo e, sim, se transformar em esgotamento?
Para o coreano Byung-chul Han, sim. O autor do livro "Sociedade do cansaço" diz que a contemporaneidade, marcada por esses excessos, resulta nas mais diversas patologias psicológicas. O que ele chama de sociedade do desempenho, diz que sofre pelo esforço do indivíduo de ser autêntico e produtivo o tempo todo, perseguindo a ideia de que nada é impossível e tudo só depende da dedicação e empenho de cada um.
Perdemos, nesse sentido, muitas vezes, o espaço da imaginação e da contemplação, uns dos poderes extraordinários que nós, como indivíduos, somos dotados. Nietzsche falava sobre isso, também, quando, em 1878, disse que a vida humana acaba quando elementos contemplativos são expulsos dela.
E, para preencher esse espaço, depositamos em nossas funções e empregos todos os nossos questionamentos de quem somos, por que estamos onde estamos, por que fazemos o que fazemos, e para onde tudo isso vai.
O que reforça nossa cultura multitarefa, da agilidade e do imediatismo - o medo de não sermos bons o bastante e o medo do fracasso. Onde não se admite o erro, a empatia e a criatividade fracassam. E isso virou hábito.
Mas, no final, o que deve prevalecer - e deveria importar - é se a entrega é genuína. Se, no final, gera mesmo esse espírito de gratidão, dever cumprido e, de que, sim, somos capazes e bons o bastante. Para ir além.
Gerente de Comunicação na FSB Comunicação
5yQuerida, Leny Kyrillos, por favor veja esse texto de uma amiga. Pode ser um tema para o "Comunicação e Liderança"? Ótima provocação, Mari.
Comercial - Consignado
5yMuito bom, Mari! Bjs
Gestão de Comunicação & Marketing | Relações Institucionais | Projetos Estratégicos
5yFlávia Nogueira olha só!
Gestão de Comunicação & Marketing | Relações Institucionais | Projetos Estratégicos
5yExcelente, Mari! Parabéns!
Consultor de Negócios.
5yPalavras verdadeiras. Parabéns pela publicação.