SOBRE TER MEDO DE TENTAR NÃO SER MOTIVO PARA NADA | Inspiração, intensidade e interatividade. Por, IRIS MALTEZ

Para ser feliz moderadamente, deve-se carregar consigo lentidões, medos, ideias de alegria, traumas, conflitos, impulsividade e acima de tudo certeza do que não se quer. O dom da gargalhada, riso solto, o falar sem limitações, as acepções do leve fervor que nos move todas as segundas-feiras, devem ser inspiração, para sua interatividade com o mundo e fruto da intensidade do sair do nada, que liga nada à alguma coisa, que pode até ser aleatória, mas que seja a cada amanhecer do novo dia, algo que te faça feliz realizando.

Ao ser responsável e inocente em relação ao que acontece na vida, as pessoas são autoras de boa parte das suas escolhas e omissões. Cada vez que transforma sua essência em alguma coisa diferente do habitual, cria um universo de “outras” possibilidades, que comungam ou não com sua essência, e para isso, é preciso ter o olhar crítico de si mesmo, seriamente olhar para o que o move todos os dias, do realizar ao ser feliz. Sabemos que a felicidade possui várias faces, mas para quem em sua essência faz acontecer, é o olhar para o futuro, no agora. É possível que essa pessoa que vos fala tenha um perfil comportamental bem equilibrado, seja um pouco de tudo, executor, comunicador, planejador e/ou até analista, mas suas escolhas a representam e conduzem o que realiza e é otimista.

O equilíbrio é algo que deve ser a válvula propulsora, mas não o ponto chave do aprimoramento realizado, somos oscilantes de natureza, tem dias que estamos eufóricos e dias que a maré está como deve estar. Devemos pensar que o medo, pode ser um bom pretexto para acordar e sair do nada, algo que te faça pensar no amor como chave de tudo, na ética como indicador relacional, no compromisso como amplitude e flexibilidade e principalmente bem-estar como elo primordial para felicidade diária. É obvio, que devemos aprender e reaprender a saber, a conviver, a fazer e a ser todos os dias, mas devemos rever a rota do que faz sentido, isso é viver do “live long learnig”.

Ter a audácia de abraçar algo novo, pode nos causar frio na barriga, insegurança, nostalgia, entusiasmo, condescendência, dominância, mas pode afastar fantasmas que lhe tiram a alegria, que lhe fazem gostar de algo que nem passava pela sua cabeça, abraçar causas que não são de abertura a novas oportunidades pelo simples desejo que você colocou devidamente no fator de realizar, tudo bem que seja feliz enquanto dure, parte para outra, não criar expectativas em outros é ter respeito às suas expectativas e entender o que as movem. Entendo e respeito minha alegria, coragem é algo para mim discutível, tenho para umas coisas e outras não, mas sou ser humano, pode sim não curtir minhas palavras, mas respeitarei por entender que nem todo mundo pensa igual. Que bom que não, seria um mundo muito chato se todos olhassem para o mesmo ângulo, seria uma perda de tempo, bem-estar da maturidade, ela nos ensina a não desperdiçar tempo de alegrias.

Deixar que o medo lhe controle é não fazer nada que queira, deve-se ter somente responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências, pois ninguém é ou vai ser o mesmo para sempre. As mudanças de rota devem ser um crescente e não anular vivências do caminho anteriormente percorrido. Definitivamente, a estrada é longa e o tempo é curto, só que esperar que um dia tudo que idealizou daquele momento, projeto, pessoas, ambiente, seja em suma, uma nova história de herói que vive a “ligeireza” das vivências e não mais o que lhe inspira, é não ter a habilidade de estar aberto ao novo.

Só agradeço!

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