Sobre a tomada de decisões em tempos de crise
Todos nós temos habilidades para realizar escolhas, tomar decisões. Somos colocados à prova diariamente em vários momentos. Os problemas e suas soluções, sejam elas quais forem, fazem parte da vida. E o que torna mais fácil o processo de tomada de decisões em tempos de crise?
Problemas!? Todo mundo tem e faz parte da vida de todo ser humano e em diferentes níveis de complexidade, escala e urgência, sejam eles no âmbito pessoal ou âmbito profissional. Pensa comigo. Quando você esquece a sua senha do cartão de crédito, o que pode mais dar errado? As consequências desse esquecimento pode te gerar um grande problema, se tiver que pagar uma conta com taxas de juros elevadas, por exemplo.
Na dimensão profissional, diariamente temos que tomar decisões e, dependendo da escolha feita, o fluxo dos acontecimentos conduzem a várias outras possibilidades que requerem a tomada de outras decisões, o que pode gerar emoções e sentimentos os mais variados possíveis, daí a importância do autoconhecimento.
Dentro desse universo (re)conhecer e compreender como reagimos física e emocionalmente aos desafios e ter consciência do desafio em si é um passo significativo de auto liderança, que é uma habilidade fundamental nos dias atuais. Isso permite acionar e desenvolver recursos mentais para análise dos contextos e cenários onde ocorrem os problemas/desafios, entendendo os sujeitos envolvidos e o seu papel no processo.
Para aumentar a minha capacidade de encontrar alternativas criativas que possam ser eficazes na solução desejada aos meus desafios pessoais e profissionais começo a realizar perguntas do tipo: "E se?". Entendo, que para ter respostas criativas é preciso saber perguntar (re)conhecendo limites e obstáculos existentes no contexto e cenário desafiador. Uma técnica interessante para encontrar as respostas é metodologia utilizada para gerar a tempestade de ideias ou brainstorm, iniciando a resposta com: "E por que não?"
No meu caso, coloco no papel as várias possibilidades de solução sem realizar o julgamento de sua viabilidade ou não. Ao final, de modo analítico, escolho a que tenho a quase-certeza de que pode dar certo. Afinal, quem tem certeza de alguma coisa nessa vida? Isso me permite a construção de certa autonomia para evoluir como pessoa e como profissional, dando-me a sensação de que posso escolher caminhos assertivos.
O nosso repertório pessoal faz muita diferença na tomada de decisões criativas para determinados desafios. Quando compreendemos os fatores envolvidos e temos a capacidade de construir um framework de acordo com o nosso mapa, temos condições de construir um diferencial entre resolver ou não determinado desafio.
Assim, quando estou com alguma questão a ser resolvida, construo o meu mapa onde analiso o contexto e cenário desafiadores, decomponho e entendo os seus elementos e pessoas envolvidas, construo perguntas, produzo uma tempestade de ideias que podem ser a solução, traço os meus objetivos e metas e parto para ação. Porém, tendo em mente que para cada escolha decisiva há uma renuncia a outras possibilidades.
E como mapa não é território, como me ensina um dos pressupostos da programação neurolinguística, sugiro que elabore o seu framework e entenda como pode resolver os seus desafios tomando as melhores decisões. E fica uma dica: se algo der errado, não se culpe! Foi o melhor que pode ser com a capacidade que tinha naquele momento de tomada de decisão. Tente outra vez....