Somos horizontais, de verdade!
Este ano a Contramestre completou 6 anos e os motivos para se comemorar são muitos, mas o principal e o que eu mais destaco é a nossa cultura organizacional.
Sou filho de empresário e empreendo desde os 18 anos de idade (oficialmente), já trabalhei em uma empresa com centenas de funcionários onde a cultura inexistia e a gestão era 100% top down, sempre tive na minha cabeça que o modelo de empresa ideal pra mim, seria de uma empresa horizontal. Onde todos pudessem ter voz, de verdade, sem poesia.
Não existe nada mais arcaico nos tempos de hoje do que "patrões" que impõe seus conceitos e suas vontades sem ao menos ouvir de verdade o que as pessoas que estão ao seu redor pensam. São as pessoas que constroem as empresas, são elas que vão permitir que você chegue a algum lugar e por mais clichê que possa parecer falar sobre esse assunto, nos deparamos com empresas "modernas" nos dias de hoje, que ainda possuem uma gestão verticalizada, onde tudo, absolutamente tudo vem de cima pra baixo.
Sem dúvida alguma o meu maior orgulho é de ter conseguido construir uma cultura horizontal em nossa empresa. Considero que ainda estamos longe de um modelo ideal, mas sabemos que estamos a frente de muitas outras empresas, até mesmo do nosso segmento.
E como conseguimos chegar neste modelo?
Foram anos de erros e acertos, mas o principal, foram anos tentando acertar! Diversas pessoas que passaram pela Contramestre contribuíram para que conseguíssemos chegar neste ponto. Pessoas que nos ajudaram a ver quando algo estava errado e pessoas que contribuíram para alinharmos processos e principalmente, alinhar nossa cultura, nossa essência.
Nenhuma teoria pronta ou mecânica de RH que você encontra aos montes por aí é superior ao simples fato de OUVIR as pessoas. Sim, ouvir e dar liberdade, deixar com que todos possam tomar decisões, sejam elas boas ou ruins, permita que a sua equipe construa a sua empresa junto com você. Só assim eles vão sentir parte do negócio.
Mas se eles fizerem algo errado?
Só assim vão aprender. A cultura do erro faz parte da nossa empresa. E isso não quer dizer que nós incentivamos o erro. Na verdade, nós encorajamos o erro. Sem errar, ninguém pode aprender e se nós condenarmos alguém por cometer um erro, estamos suprimindo a capacidade desta pessoa evoluir.
Sabe aquelas empresas que vemos em filmes, onde as pessoas que cometem um erro são absurdamente condenadas por tal feito? Empresas assim ainda existem aos montes, mas estão fatalmente destinadas a serem substituídas por organizações onde o erro é permitido e jamais será condenado.
Não adianta mudar a forma como chama seus funcionários - para colaboradores ou acionistas - por exemplo. Aqui, nós chamamos e os tratamos como verdadeiros amigos!
Capacitar para aprender
Temos uma vontade enorme de capacitar pessoas. Pra nós, nunca foi perda de tempo parar para ouvir e ensinar, ajudar, contribuir, mostrar como se faz e não importa se aqueles que aprendem com a gente vão para o mercado levar parte deste conhecimento. Sentimos orgulho em fazer parte do crescimento de cada um e isso faz toda diferença.
Uma verdadeira relação de "ganha ganha".
Tudo isso, é muito superior a Happy Hour's, video-games e bonificações em dinheiro. Do que adianta ter um tobogã na empresa se você será mal visto por utilizá-lo?
Mas nunca deixamos de estar atentos à essas atividades. Na Contramestre nós possuímos diversos programas de alinhamento cultural, atividades em grupo e sempre chamamos a própria equipe para contribuir e construir tudo aquilo que eles querem e esperam de uma empresa.
Feedback sincero, um presente!
Os feedbacks são parte da nossa organização. Estimulamos que eles aconteçam entre nós dos gestores para a equipe, da equipe para os gestores, todos entre si. Feedbacks são importantes e precisamos saber recebe-los. Feedbacks ajudam as pessoas a corrigirem suas rotas e a crescer. Nos ajuda a perceber que nosso pensamento nem sempre está correto, que a maneira como acreditamos que algo é, pode realmente não ser. Feedbacks devem ser recebidos e dados com sinceridade, eles são um verdadeiro presente.
Transparência ~ sem paredes!
Talvez uma das coisas que mais concretize nossa cultura é a ausência de paredes. Nossa sede foi propositalmente desenhada para que não existam salas. As salas bloqueiam e afastam o contato entre os gestores e as equipes, distanciam os propósitos do time com os objetivos de negócio da empresa. Todos sabem claramente onde queremos chegar e como faremos isso, nos esforçamos muito para que tudo seja dito de forma clara, nítida e sem ruídos.
E quando alguém não se alinha ao processo?
Recentemente ouvi uma frase muito interessante:
"Você deve criar processos para desenvolver uma Cultura. Então a cultura se encarregará de criar os processos."
Essa frase é muito verdadeira. Quando alguém não se alinha aos processos e à cultura, essa pessoa será colocada pra fora, como um organismo vivo que se livra de algo que não está fazendo bem. Quando a sinergia existe no conjunto, é quase impossível que "uma fruta podre, estrague todo o cesto". É muito mais comum que o cesto se livre do fruto inadequado.
Quer construir uma empresa que seja realmente horizontal com uma equipe que respeite você pelo que você é e pelo que você faz e não pelo que você impõe?
Traga seus colaboradores para dentro do barco, você vai guiá-los para que eles guiem a empresa. Não se coloque no centro e espere ser empurrado por eles. As pessoas são o centro de tudo e você jamais será capaz de chegar a algum lugar, sem que eles queiram caminhar até lá.
Só assim, a gente chega lá!