Solucionadores de problemas
Em sua passagem por Caxias para participar de um evento que reuniu mais de 2 mil pessoas para prestigiar grandes nomes do empreendedorismo e do marketing, Joel Jota disse que há muitos pais e mães que se culpam quando precisam sair de casa para trabalhar. O ex-nadador da Seleção Brasileira e palestrante reconhecido explicou como faz com seus filhos, para que eles entendam a sua atuação e para que ele mesmo não se sinta culpado:
— Onde você vai, papai? - pediu o maiorzinho, certa vez.
— Vou palestrar!
— Por quê? - retrucou.
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— Porque, filho, no mundo tem vários problemas e alguns deles o papai consegue resolver. E quando o papai consegue resolvê-los, as pessoas voltam para casa mais felizes e brincam com seus filhos. É tipo o super-herói que vai salvar o mundo, é isso que o papai faz - ao mesmo tempo em que responde mais um dos “porquês” que toda criança tem, inspira elas para que também procurem resolver problemas.
Se analisarmos, as nossas atuações, cada qual em sua área, setor e empresa, vamos perceber que somos todos solucionadores de problemas. Nós precisamos dos outros e os outros precisam da gente. Enquanto alguns solucionam os nossos problemas, nós resolvemos “pepinos” de outros. Enquanto você presta serviços para outros, eu presto meus serviços para você. Enquanto eu sou seu cliente, você é cliente de vários outros. Inclusive, essa é uma tática de bons vendedores, que não vendem apenas produtos, mas soluções. O negócio é resolver os problemas das pessoas - e é fato, todas têm.
Já que percebemos, mais uma vez, que dependemos uns dos outros para resolvermos nossas pendências, vamos ser mais gentis e compreensíveis. Infelizmente, ainda cruzamos com muita gente ignorante e estúpida por aí, que não entende que podem encontrar pessoas como elas quando precisarem. Só trago um exemplo recente: um empresário da cidade vizinha teve sua viagem de moto para o Chile noticiada em uma rádio e os comentários que predominaram nas redes sociais foram sobre a sua arrogância e falta de educação com os clientes e fornecedores. Conclusão: deve estar tentando “vender o seu peixe” da pior forma. Aliás, vale refletirmos: diante dos problemas (nossos e dos outros), estamos sendo mais solucionadores ou complicadores? Mais gentis ou grosseiros?