Talento Feminino – Como a diversidade de gênero pode aumentar a rentabilidade das empresas?

O Brasil atravessa uma dos mais desafiadores momentos de sua história. De um lado, o desemprego insiste em se manter na taxa dos 12%. De outro, o PIB de 2016 poderá ter atingido a maior queda dos últimos 25 anos. Os efeitos da crise se fazem sentir em todas as famílias, todas as cidades, quase todas as empresas. Nestas, em meio à busca incessante pela redução de custos e por iniciativas que levem ao aumento de receitas, uma oportunidade ainda submersa desponta: a ascensão do talento feminino.

São vários os estudos globais que trazem luz à importância da diversidade no meio corporativo. “Why Diversity Matters”, da conceituada Mckinsey & Company, traz-nos a pesquisa em 366 empresas públicas nos EUA, Reino Unido, Canadá e América Latina. As conclusões são claras: Empresas do quartil superior em diversidade de gênero tem chances 15% maiores de terem resultados financeiros acima da mediana de seu setor. Mais: no estudo, a diversidade se mostra um diferencial competitivo que possibilita a transferência de market-share em prol das empresas com maior equilíbrio entre homens e mulheres líderes – um dado muito importante nestes tempos de PIB decrescente, ainda mais quando consideramos que o Brasil tem apenas 6% de mulheres em posições-chaves de liderança. São 16% nos EUA e 12% no Reino Unido.

Como ligamos a diversidade de gênero ao aumento de performance? A resposta é intuitiva: Homens e mulheres pensam de maneira distinta, têm ideias e opiniões diferentes. Um grupo de trabalho com maior diversidade de gênero terá maior acesso a informações, agregará mais conhecimentos sobre o negócio em que atuam e representará melhor uma base de clientes que também se torna mais diversa. Juntos, homens e mulheres são, portanto, capazes de tomarem melhores decisões de negócio, melhorando a performance. Em adição, empresas com maior diversidade em sua liderança tendem a reter e atrair mais talentos femininos, a viverem uma cultura mais meritocrática e a observarem um aumento em sua reputação – todos com efeitos positivos nos seus resultados.

De acordo com o Peterson Institute for Internacional Economics, que pesquisou 22 mil empresas em 91 países, companhias que aumentaram a presença de mulheres em até 30% em cargos de alta hierarquia viram, em média, um crescimento de 15% em sua rentabilidade. Um detalhe importantíssimo: O fato de o CEO ser mulher ou homem não parece ter qualquer efeito perceptível no desempenho financeiro das companhias... Não se trata, é claro, de se dizer que um homem pode ser melhor CEO que uma mulher, ou vice-versa. Ao contrário, o importante é a criação de um quadro maior de líderes do sexo feminino, aumentando portanto a diversidade no quadro de líderes.

Atenta a esta oportunidade para as empresas, a Guardian Coaching & Training preparou-se para auxiliar nossos clientes nesta transformação. Criamos uma metodologia de alto impacto, sempre customizada às necessidades e características de nossos clientes corporativos, que visa acelerar a ascensão do talento feminino às posições de liderança da empresa. Em outras palavras, atuamos com as executivas selecionadas por nossos clientes para que estejam efetivamente preparadas para assumir posições-chaves. Não colocamos mulheres em posições de liderança. Nosso trabalho é contribuir para a transformação destas executivas para que suas empresas as promovam e possam vir a colher os benefícios em seu bottom-line de uma diversidade maior em seu time de liderança.

Gustavo Arger

Gustavo Arger é fundador da Guardian Coaching & Training, consultor, skill-developer, palestrante e idealizador do projeto de Aceleração do Talento Feminino.


Eduardo Estellita

CEO do Instituto Diversidade

7 a

Excelente texto, Gustavo! Você escreve de forma muito clara e embasada! É muito bom ler artigos que saem do debate simplista "CEO homem x CEO mulher" para uma real valorização da diversidade e do seu poder para alavancar desempenho e inovação no século 21. O tempo do(a) líder heroi(na) já passou, são as equipes bem estruturadas, diversas e colaborativas que fazem a diferença no mercado de hoje.

Cristiana Crespo

Gerente de Gente & Gestão | Coordenadora de Recursos Humanos | DHO Consultora de Desenvolvimento de Cultura Organizacional | Liderança Consciente | Gestão de Processos | Business Partner | Treinamentos | Coach | Mentoria

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Excelente texto Gustavo, poder refletir sobre essas gestões no universo corporativo é uma missão humana, uma causa que precisa ser abraçada pelos CEOs para buscar sustentabilidade para os Negócios e consequentemente para Sociedade. Grata pela contribuição. Aproveito para deixar o convite para estar conosco no Café da manhã de Liderança Feminina que acontece mensalmente na 3ªquinta feira do mês no Instituto Passadori.

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