Também empurras com a barriga?
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Também empurras com a barriga?

Para já, lamento começar o artigo logo a seguir ao Natal com tamanho abanão. Apenas não quero que em 2025 continues no escuro, em relação a certos assuntos. Se há algo que tenho bem estruturado e otimizado, é o meu processo de tomada de decisão; em relação a qualquer assunto, diga-se de passagem.

Quer seja uma compra, um novo projeto com um cliente, uma nova receita que quero experimentar, que corrida de Fórmula 1 quero rever primeiro, etc.

As decisões são sobre factos, não sobre tempo. Quando me pedem para pensar e “dormir sobre o assunto” eu praticamente vejo as engrenagens a girar na cabeça da pessoa. Por isso, se me dizem que precisam de uma semana para me dar uma resposta, ou que é para começar a trabalhar no próximo mês, os próximos momentos não são nada agradáveis.

Isto porque, eu faço questão de perguntar à pessoa à minha frente que novos factos ou informações é que vão ser recolhidos nesse tempo, que o ajudam a decidir.

O meu problema não é propriamente o tempo que me pedem; é o facto de dormirem sobre o assunto. Uma questão pertinente, é esclarecerem-se junto da pessoa acima deles na hierarquia, ou precisarem de consultar algum documento ou relatório. Outra completamente diferente, é simplesmente passarem esse tempo à espera que alguma iluminação surja ou terem alguma epifania.

A melhor estratégia que arranjei para acelerar este processo e evitar que as pessoas queimem tempo desnecessário, é frisar o custo de oportunidade. No fundo, é sublinhar o que a pessoa está a perder durante o tempo em que está em cima do muro. Como copywriter, uma das minhas funções é tirá-la de lá.

Seja para que lado for, ela não fica em cima do muro muito tempo. Quer acabe por fechar, quer recuse; o importante é ter uma resposta e encurtar ao máximo o tempo que ela permanece no limbo (também conhecido por “vai ou não vai”).

No fundo, é perguntar à pessoa: se soubesses que poderias ter o problema resolvido ainda hoje, esperarias sequer mais 1 dia para o resolver? Se ela ainda assim ficar indecisa, então eu falhei no meu trabalho.

Desde não ter sido explícita nos benefícios do que vendo, até não a ter esclarecido sobre eventuais questões e objeções (porque são dois aspetos distintos) a culpa é só minha.

Olhar para os problemas mais tarde, é a forma mais simples de lidar com eles. Porém, é também a mais dolorosa. Quando varremos os problemas para debaixo do tapete e os deixamos lá, em vez de os abordarmos, temos a sensação de que o assunto está resolvido.

O problema, contudo, é mesmo esse; é apenas uma ilusão. Apenas conseguimos resolver a questão, ao enfrentá-la – o melhor caminho é encarar os assuntos de frente.

 

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