A tecnologia na educação pós pandemia

A tecnologia na educação pós pandemia

Desde a promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1996, o ensino superior brasileiro cresceu significativamente. De acordo com os dados do INEP, até 2018 o número de alunos matriculados aumentou mais de 450%. Nos dados mais recentes disponíveis, houve mais ingressantes na modalidade a distância do que na presencial. O crescimento da Educação a Distância (EaD) foi impulsionado, em grande parte, pelo avanço da internet. Com a regulamentação da EaD, as Instituições de Ensino Superior (IES) realizaram investimentos em estúdios de gravação de videoaulas, sistemas gerenciadores e veiculadores de conteúdo, chat, ouvidoria online, videoconferência, entre outras formas de interação virtual com seus alunos.

O setor educacional está se digitalizando cada dia mais: surgem bibliotecas virtuais fornecidas por editoras, repositórios online de teses, artigos e dissertações, além de outras ferramentas de gestão que estão gerando uma mudança de paradigma educacional no Brasil. A gestão administrativa não fica de fora dessa transformação. Cada dia mais se aplicam sistemas avançados de predição estatística e análise de bigdata para tomada de decisão, bem como aplicações de controle de processos organizacionais e gestão do relacionamento com o cliente.

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Neste tempo de isolamento social, o Ministério da Educação autorizou a realização das aulas do ensino presencial nos moldes da EaD por meio das novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s). O aluno e o professor do ensino presencial agora precisam se adaptar ao uso das novas TIC’s para levarem suas atividades adiante, o que pode ser um desafio maior para a parcela das pessoas que não tem tanta afinidade no trato com a tecnologia.

“O aluno e o professor do ensino presencial agora precisam se adaptar ao uso das novas TIC’s para levarem suas atividades adiante”

Esse novo modelo no ensino presencial pode não ser temporário, pois é provável que a incorporação das novas TIC’s se mostre vantajosa e permaneça, com alguns ajustes, no período pós-crise. Para que alunos e professores recebam o suporte necessário para enfrentar o desafio da adaptação, será necessário que as IES ampliem seus canais de relacionamento, com ferramentas para diagnosticar as necessidades de sua comunidade.

É certo que as necessidades dos alunos não atendidas podem levar à evasão. Para ilustrar a gravidade desse problema, no ano de 2018 foram quase um milhão e trezentas mil vagas trancadas nas IES do Brasil. Já está comprovado que, quanto mais o aluno se sente parte da Instituição de Ensino, menor a probabilidade de ele se evadir. Em termos mercadológicos, é necessário praticar o marketing de relacionamento entre a IES e os seus alunos.

Assim, a plataforma codi é uma grande aliada para grandes, médias e pequenas Instituições de Ensino. Com ela é possível conhecer as necessidades dos alunos em tempo real, proporcionando às IES a oportunidade de serem proativas com relação à solução de problemas e, dessa maneira, evitar a evasão escolar. A equipe do codi acredita que a tecnologia pode humanizar o relacionamento entre as pessoas e suas instituições, permitindo que todos sejam melhor acolhidos em suas necessidades e objetivos.

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Por João B. Pereira e André C. Mendes

Referências

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