Tecnologia na gestão: dos papeis às pessoas

Tecnologia na gestão: dos papeis às pessoas

A burocracia é um fator preocupante para diversos setores de mercado e acaba muitas vezes por atrasar processos, além de gerar custos bilionários. Estudos realizados pelo Comitê de Desburocratização da Federação das Indústrias de São Paulo mostram que a burocracia no Brasil gasta por ano de R$ 86,7 bilhões a R$ 162 bilhões, o que representa até 2,76% do PIB do país. Valores que poderiam ser investidos em melhorias ou deixarem de ser repassados no preço de produtos e serviços.

E se esses registros pudessem ser emitidos 31,1 segundos?

Pois esse é o tempo médio que a KeepClear leva para processar documentações. Toda essa eficiência e tecnologia é proporcionada por meio de robôs de automação que cuidam da gestão de documentos com uma redução significativa nos custos operacionais, por utilizarem menos tempo e mão de obra.

“Eles acessam informações públicas em portais de transparência como os do governo e trabalham os dados para alinhar à emissão de documentos. Boa parte das pessoas não sabe que é possível fazer esse serviço de maneira automatizada, mas a receptividade tem sido bem legal”, conta Emiliano Abad, CEO da  KeepClear.

Além da agilidade nos processos burocráticos de verificação de certificados ou se uma empresa está apta a ser fornecedora para outra, os serviços da KeepClear ainda incluem o monitoramento de dados, com alerta para inconsistências e irregularidades em tempo real; e armazenamento em nuvem, para acesso remoto a qualquer tempo.

Segurança que não é brincadeira

 Outro setor que também tem usado a tecnologia para atender a requisitos de governança nas empresas são as áreas de Meio Ambiente, Saúde e Segurança. O trabalho de gestores ao cuidar das pessoas e engajar colaboradores ganhou uma ferramenta que une diversão e reconhecimento para chegar aos propósitos que as empresas querem alcançar.

 A Safaverse criou uma plataforma gameficada na qual os colaboradores buscam por pontos e “capacetes dourados”, ao realizarem seus trabalhos da maneira correta, enquanto os gestores percebem o aumento de seus indicadores de performance.

A iniciativa veio depois de anos observando as áreas de QHSE – das palavras inglesas Quality(Qualidade), Health (Saúde), Safety (Segurança), Environment (Ambiente) -, e da percepção de que problemas de cultura institucional e atuação em campo podem ser solucionados por meio de componentes tecnológicos, de simples interface. A preocupação não é para menos, afinal, 71,6% das empresas consultadas em um levantamento realizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI), entre 2015 e 2016, afirmam dar alta atenção à saúde e segurança dos trabalhadores. 

Para 48% delas, ações para aumentar a segurança no ambiente laboral e promover a saúde de trabalhadores reduzem as faltas ao trabalho. Outros 43,6% concordam que os programas voltados à melhoria de desempenho, com foco em segurança, aumentam a produtividade no chão-de-fábrica, enquanto 34,8% apontam que tais ações reduzem custos.

“Incorporamos o modelo de gestão de ocorrências e registros, que normalmente já existe nas empresas, e criamos o modelo gameficado em cima disso. O empregado ganha prêmios por meio das pontuações no sistema, que vão de mochilas a tablets, e contribuem enormemente para o ambiente de trabalho”, conta Matheus Felix, CEO da startup.

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