Telas, furtadoras de tempo e atenção
A dependencia dominadora dos smartphones, tablets e computadores, se tornaram extensões de nós mesmos. A promessa de conexão, entretenimento e informação ilimitada é sedutora, mas esconde um lado obscuro: a capacidade insidiosa de furtar nosso tempo e atenção.
O efeito hipnótico das notificações, com seus sons e vibrações, são projetadas para nos fisgar. Cada alerta, seja de uma mensagem, um e-mail ou uma curtida, dispara uma dose de dopamina em nosso cérebro, o neurotransmissor do prazer. Essa busca constante por recompensas digitais nos prende em um ciclo vicioso de checagem compulsiva, fragmentando nossa atenção e minando nossa produtividade.
As redes sociais são verdadeiros labirintos digitais. O design desses aplicativos é meticulosamente elaborado para nos manter rolando a tela infinitamente. A cada nova foto, vídeo ou postagem, somos expostos a uma enxurrada de estímulos que ativam nosso sistema de recompensa, tornando quase impossível resistir à tentação de continuar navegando.
A internet nos oferece acesso a uma quantidade colossal de informação, mas essa abundância pode ser uma armadilha. A facilidade com que podemos pular de um site para outro, de um artigo para outro, nos leva a um estado de "navegação superficial", em que consumimos informações de forma fragmentada e superficial, sem aprofundamento ou reflexão., num vórtice de informação eterno.
Vivemos em uma cultura que glorifica a multitarefa, mas a verdade é que nosso cérebro não foi projetado para lidar com múltiplas tarefas simultaneamente. Quando tentamos fazer várias coisas ao mesmo tempo, nossa atenção se divide, nossa performance em cada tarefa diminui e o tempo necessário para completá-las aumenta. E essa história que nós mulheres temos essa função de fábrica, é puro suco do vocês sabem o quê(sabem sim, nem precisa de uma reflexão...), para nos sobrecarregar....
Recomendados pelo LinkedIn
Nada que foi escrito até o momento, acredito que para essa audiência seja novidade... Então, a gente meio que se rendeu a isso mesmo....No pensamento "aceita que doi menos..." Mas vamos lá para uma receita de autoresponsabilidade....
Embora as telas apresentem desafios significativos, não estamos condenados a ser seus escravos. Ao tomarmos consciência das armadilhas que elas nos impõem, podemos começar a recuperar o controle do nosso tempo e atenção. Estabelecer limites para o uso de dispositivos, desativar notificações desnecessárias, agendar momentos de desconexão e praticar a atenção plena são algumas estratégias que podem nos ajudar a navegar no mundo digital de forma mais consciente e equilibrada.
Em última análise, a chave para evitar que as telas furtem nosso tempo reside em cultivar uma relação mais intencional com a tecnologia. Ao escolhermos como, quando e por que usar nossos dispositivos, podemos garantir que eles sirvam aos nossos propósitos, em vez de nos dominar.
Estipulei que nos finais de semana minha interação com o smartphone seja apenas em ter marcado algo com alguém se já não tiver nos planos, ele fica esquecido e até descarregado. O desafio é fazer com que os outros aceitem que não estou disponível, mas aí do meu jeitinho ligo botão de "fod...-se"interno, na segunda eu vejo e respondo.... É libertador.
Diretora no Instituto MeMaker | Psicologia FPS | Mestre em Design pelo Cesar School
7 mBem escrito Polly gostei