Telemedicina: modalidade aproxima médicos e pacientes
Dr. Felipe L. Crusius, Médico e COO do Clude Saúde, explica quais são os principais serviços que a modalidade oferece e comenta o panorama e as perspectivas para o segmento no país
“Pacientes conectados produzem mais dados de saúde e auxiliam equipes especializadas a cuidarem melhor das pessoas”
Com cerca de 500 mil médicos no Brasil, o país atingiu em 2020 a média de 2,4% para cada 1 mil habitantes. Apesar do avanço em relação a 2010, quando o percentual era de 1,7 profissionais por 1 mil habitantes, a distribuição de médicos ainda é pior em regiões como Norte e Nordeste, em relação à oferta de profissionais registrada pelas regiões mais ricas, conforme estudo lançado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina).
Nas regiões Sul e Sudeste a proporção médico/habitante é de 2.68 e 3,15, respectivamente. Já nas regiões Norte e Nordeste, os percentuais são de 1,3 e 1,69 profissionais para cada 1 mil habitantes. O levantamento da demografia médica brasileira foi elaborado por pesquisadores da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e noticiado pela Agência Brasil.
Nessa conjuntura, uma modalidade ganha destaque por aproximar médicos e pacientes, apesar das condições geográficas: a telemedicina, prática da telessaúde que foi autorizada em caráter emergencial durante a pandemia de Covid-19 (Lei 13.989, de 2020) e aguardava uma regulamentação permanente.
No dia 29 de novembro, o Plenário do Senado aprovou o projeto de lei que regulamenta a prestação virtual de serviços de saúde (PL 1.998/2020). O texto aprovado é um substitutivo com alterações feitas pelo Senado e retorna para a Câmara dos Deputados, que precisa confirmar essas mudanças, conforme divulgado pelo portal Senado Notícias.
Dr. Felipe L. Crusius, Médico e COO do Clude Saúde, observa que o avanço da telemedicina no Brasil tem sido enfático, mas restrito às consultas ambulatoriais. “A telemedicina traz consigo diversas possibilidades de cuidado. Pacientes conectados produzem mais dados de saúde e auxiliam equipes especializadas a cuidarem melhor das pessoas”.
Para ele, as maiores temáticas da telemedicina são as da prevenção, proatividade assistencial e velocidade. “Não queremos mais ser reativos e lentos. Não há mais espaço para isso”, diz o médico.
Modalidade oferece diversas possibilidades
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Além disso, avança, a modalidade pode ocorrer por meio de respostas a questionários específicos sobre condições de saúde, de interações das mais inúmeras formas.
Técnica pode colaborar para a conscientização
Na análise do COO do Clude Saúde, o maior desafio da saúde é conscientizar o paciente de que suas atitudes tomadas hoje podem impactar não apenas em suas doenças futuras, como também no custo de seus tratamentos - e a telemedicina pode colaborar para essa conscientização.
Em média, 89% dos brasileiros se automedicam, conforme uma pesquisa publicada pelo ICTQ (Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade), em parceria com o Datafolha. Segundo um relatório divulgado por entidades ligadas à ONU (Organização das Nações Unidas), 10 milhões de pessoas a cada ano podem morrer como consequência da prática.
Entre outros problemas, o hábito de se automedicar pode mascarar sintomas de doenças graves e evitar seu diagnóstico e tratamento. Aliás, mais da metade (62%) dos homens no Brasil só recorre a um médico quando um sintoma se torna “insuportável”, segundo uma pesquisa do Instituto Lado a Lado pela Vida, que entrevistou 1.800 brasileiros, além de indivíduos do México, Colômbia e Argentina.
“O paciente que entende, previne, se cuida e evita doenças está evitando, também, pagar por soluções de saúde mais caras e complexas, como cirurgias e internações hospitalares”, afirma Crusius “É um ganho que, quando estimulado coletivamente, impacta na própria inflação da saúde e no preço que as pessoas pagam pela assistência”, complementa.
Para mais informações, basta acessar: clude.com.br