Temos poucos dias para tomar uma decisão muito importante. Vamos refletir um pouco?

Temos poucos dias para tomar uma decisão muito importante. Vamos refletir um pouco?

Quem me conhece, sabe o quanto gosto de política. Nessas eleições, no entanto, tive uma postura um pouco diferente. 

Assisti a tudo mais calada, não me envolvi tanto e sobretudo: não me expus e nem às minhas ideias de forma aberta, ou seja, nas redes sociais.

Mas estando a uma semana das eleições e assistindo a tantas polêmicas, senti vontade de dar minha opinião. Ficar em cima do muro não é meu perfil mesmo.

O país está mais dividido do que nunca. Talvez a maioria não esteja escolhendo o que quer verdadeiramente e sim o que acredita ser menos pior.

É um direito de todos. Podemos argumentar, conversar com as pessoas, mas a partir do momento em que são feitas ameaças, que amizades são desfeitas, é preciso dar uma passo atrás.

Será que quem toma atitudes tão extremistas não é exatamente igual ao que diz estar combatendo?

Impor a vontade como se fosse a única e a verdadeira não é a coisa mais autoritária que existe?

Temos que ter atenção antes de apontar o dedo, antes de julgar.

Tenho minhas convicções, mas isso não me faz dona da verdade.

Meu voto é contra o sistema e irei votar em quem tiver mais chances de eliminar os que aí estão.

O que não há como ser contestada é a verdade dos fatos: a crise e quem a criou.

Em um país onde temos 27 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho, violência, falta de dignidade em todas as esferas, ainda existem pessoas que estão mais preocupadas com todo tipo de ideologia.

Não que não sejam questões importantes, mas não podem ser a principal plataforma de governo de algum candidato e o que nos move.

Se estivéssemos em países com um alto índice de desenvolvimento humano como por exemplo, a Noruega, Austrália, Suíça, onde não faltasse comida na mesa para dizer o mínimo, talvez essa pudesse mesmo ser a grande discussão, mas não é o caso no Brasil.

Temos questões mais sérias e urgentes.

Fomos roubados por décadas. O povo não tem trabalho, saúde, moradia, comida, educação...

Resumindo: Não tem perspectiva de vida. Conseguem entender?

Paremos de brigar por vaidades, ego e escolhas pessoais pelas quais temos todo o direito de lutar, mas dentro das esferas cabíveis. Não podemos fazer disso a principal questão.

Além disso, me parece muito claro que pintaram o candidato que lidera as pesquisas, de uma maneira extremada também.

O grande problema dele é não ter cacoete político.

Como uma criança, fala tudo o que pensa. Ou fala sem pensar, diferentemente dos políticos que aí estão: super estudados em seus discursos.

Preferem dizer que não querem responder a uma pergunta mais capciosa. Fogem do embate. Não dizem o que pensam e passam batido pelo crivo dos que só veem o resumos das notícias.

O candidato do PSL pode não ser a pessoa mais moderna do mundo, mas é óbvio que não tem aversão a todas as minorias que lhe imputam. Seria até estranho se fosse dessa forma.

Tomei o cuidado de ver alguns vídeos antes de escrever esse texto e em muitas ocasiões era explícita a forma como distorciam a opinião do mesmo.

Ainda assim, concordo que precisar rever e adequar vários de seus comportamentos. Não existe mais lugar para certos posicionamentos, isso é óbvio!

Mas muitas pessoas compram facilmente também a imagem do lobo mau que quer exterminar a tudo e todos. Não faz sentido também!

Ele é apenas uma pessoa sem papas na língua, que não gosta dos mimimis e responde as provocações sem filtrar nada.

E o ponto é que o brasileiro está farto do mimimi, farto do falso politicamente correto, farto de mentiras que se constroem com um marketing bonito.

E essa autenticidade dele encantou todos os que estão desencantados.

Simples assim! Se ele ganhar é porque a resposta do povo é NÃO ao roubo, NÃO à mentira, NÃO a fabricação de discursos. 

Querem um país de pessoas reais e melhor será se não precisarmos brigar por ideologias.

Temos que fazer escolhas pensando no coletivo e aparar as arestas dos outros temas que estiverem errados. Temos esse poder!

O que nos move tem que ser apenas o que for melhor para todos e os temas deverão ser os da sociedade: mais segurança, mais moradia, mais educação, mais saúde, mais direitos iguais para todos, independente de cor, raça, gênero e qualquer tipo de orientação sexual.

Portanto, ainda é tempo de refazer as amizades, restabelecer o respeito pelo outro e fazer uma escolha pensada e consciente.

Que não seja pessoal e sim, pelo país. Cada qual, dentro da sua verdade!

Queremos direitos? Democracia? Então, que nossas ações reflitam nosso discurso!

As gerações do futuro hão de agradecer!


Claudia Taulois - Publicitária, escritora e Founder da Engaging


 


Fernando Blanco

Empreendedor Social | CEO | CRO | Diretor | Conselheiro | Mentor | Palestrante | Autor | Professor de MBA | Crédito | Gestão de Riscos | Mercado Financeiro | International Banking

6 a

Uma visão madura e equilibrada, congrats!

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