Tempo, objetividade e reflexão

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Aprender, desaprender e (re)aprender! Com reverências ao Prof. Zeca de Mello, que proferiu essas palavras em sua palestra no programa Pílulas de Conhecimento da FDC.

O ponto que me chamou a atenção e quero explorar e compartilhar, diz respeito à ação de desaprender, que, nas palavras do Prof. Zeca, não significa jogar fora o conhecimento prévio, mas abrir espaço para novo conhecimento.

De fato, sempre ouvi, desde que minha mãe era a única palestrante à qual eu tinha acesso, que conhecimento não ocupa espaço. Porém, corremos sempre o risco de não estar dispostos a seguir aprendendo, causando o bloqueio da caixa, que minha mãe chamava de “caixola”, e que em verdade nunca se enche.

A questão do tempo citado no título, eu trago de um feedback recebido logo após finalizar uma apresentação in company, onde uma colega reclamou a não existência de um espaço para perguntas e respostas, com ressalva para a necessidade de um tempo mínimo que permita, inclusive, o “destravamento” daquela pergunta que alguém está na iminência de fazer, apesar de algum eventual acanhamento.

A objetividade refere-se a outro feedback, recebido de um amigo com relação a meu último post, onde tive como objetivo apresentar provocações na forma de diversos questionamentos, e seu comentário reclamou algum posicionamento que, ele gentilmente dizia saber, eu poderia apresentar.

A reflexão é parte disso tudo, o ato de pensar, rever, reavaliar, desaprender/abrir espaço, OUVIR ativamente a reflexão de outro/a colega, e requer a disposição, que de acordo com o Prof. Zeca em sua fala, está relacionado com deixar sua posição, vivendo a mudança para um novo estado e nova abordagem do tema em questão.

Como não esperar ativamente a fala de um colega nessas videoconferências que viraram nosso dia a dia, e para as quais a infraestrutura de uma cidade pequena e seus provedores não estão preparados? E pelo feedback recebido proponho minha resposta: – Exercitando o ouvir ativamente! Percebendo com profundidade o teor e a extensão das ideias.

Como manter o equilíbrio num momento de bombardeio de informações com diversas tendências, com interesses políticos e de outras ordens, tanto em sua relação social quanto familiar? Novamente pelo feedback proponho minha reflexão: – Isentando-se ao máximo, buscando a maior imparcialidade possível, e calando-se várias vezes, sempre que a fala não for claramente capaz de manter-se no campo das ideias.

Como não dedicar-se à reflexão e abertura de espaço para novos conhecimentos e ideias, considerando um contexto de mudança absolutamente imprevisível?

A resposta poderia ser fechando-se em suas certezas, e para evitar outra pergunta, me arrisco a afirmar que elas, as certezas, estão derretendo, e se algo derrete sobre a areia que se move ao sabor dos ventos, assim como as dunas, o que havia não se perde, pois se mistura a ela, e abre espaço para novos aprendizados.

Esse é um agradecimento pelas oportunidades de feedback, e um convite ao exercício da disposição ao aprendizado permanente.


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