Tempos de Crise Revelam Nosso Espírito - Parte 2
Escrevi este artigo faz algum tempo e achei pertinente algumas mudanças, resolvi republicá-lo pois achei bastante contemporâneo, ele tem como objetivo nos unir como concidadãos que somos e nos fortalecer ele não tem cunho político e muito menos partidário, aliás estou bastante decepcionado com esta classe.
Estes são tempos difíceis para este grande País, retração da nossa economia, inflação que bate a nossa porta novamente, os mercados na sua grande maioria estão paralisando ou já estão paralisados, as empresas diminuem sua produção, corrupção como nunca visto, enfim o cenário que tem se apresentado é bastante conturbado.
Fato é que as crises sempre existiram e sempre vão existir, são históricas citando alguns exemplos das mais contemporâneas:
1929 - O Crash de 29;
1971 - O fim do padrão ouro;
1973 - A crise do Petróleo;
1979 - A Revolução Iraniana;
1980 - Iraque invade Irã;
1982 – Moratória mexicana;
1987 - Segunda-feira Negra (Queda do Indice Down Jones);
1997 - Crise do mercado asiático;
1998 - Crise do rublo (Rússia);
2000 - Crise das pontocom (Bolha da Internet);
2001 - 11 de Setembro (Atentado);
2008 - A crise imobiliária (Hipotecas Americanas).
Não tenho intenção aqui de passar por grande especialista em crises e nem de fundamentar historicamente cada uma delas, mas sim de apontar para algo absolutamente real, que é a retomada.
Quando olhamos para a natureza observamos que mesmo diante de grandes estiagens, rigorosos invernos e verões ela sempre se renova e toda vez que isto acontece o mais fracos ficam pelo caminho e os que sobrevivem são aqueles que melhor entenderam como se adaptar, que tiveram flexibilidade suficiente para mudar e compreender a situação de forma mais realista, perseveraram e agiram proativamente diante dos fatos.
Obviamente também existem aqueles que se prepararam para estes tempos, isto é muito importante. Sempre haverá noite e dia, é assim desde o princípio dos tempos, ou seja, sempre existirão dias bons e dia ruins, é fato.
Quando falamos sobre este assunto nos vem a mente a seletividade (só os mais fortes sobrevivem, e isto é verdade), as vezes nos colocamos do lado fraco, nos sentimos impotentes e já agimos como se nada pudesse ser feito para mudar isto, fato é que ser forte ou ser fraco neste caso é questão de atitude, mas apesar de tudo estamos aqui e isso já demonstra nossa força.
Tendemos a olhar muito para o futuro e isto nos angustia, mas o importante mesmo é o fazemos agora, isso muda o futura.
Seletividade nada tem a ver com o acaso e sim com preparo.
Só é possível sobreviver nestes dias inovando, mudando, lutando, agindo para mudar comportamento e acima de tudo tendo fé em Deus e em si mesmo.
Não é raro encontrarmos em nosso círculo de amizade aqueles que são pessimistas e por isto nada fazem para mudar pelo menos aquilo que esteja ao seu alcance.
É claro que enfrentamos um grande problema, uma grande crise, talvez a maior (não sei), ninguém discute isto, mas é fato que a hora da virada vai chegar e eu espero de fato estar lá e apto para continuar o meu legado e você?
Ainda que fraco e cansado por conta das intempéries sofridas nestes tempos ( e foram muitas), mas pronto para retomada, com muito orgulho da trajetória percorrida.
As crises têm por finalidade maior revelar toda sujeira ou erros cometidos, pois são a equação do resultado de todas as ações e atitudes erradas do passado, elas são a revelação destas práticas.
Consequentemente tende a nos fazer refletir e até mesmo trazer insatisfação e buscar metodologias, estratégias, ações para intervir e mudar numa tentativa de conversão para acerto, novos mecanismos e atitudes contrárias as práticas erradas, um antídoto para primeiramente "curar a doença" se assim posso dizer e nos imunizar desta para o futuro.
Podemos observar isto se verificarmos a história.
Os dias atuais são propícios para alguma reflexão pessoal, entendermos onde temos errado como cidadãos, pais, filhos, amigos, etc.
Precisamos cada dia mais nos engajarmos nos assuntos importantes da nossa vida e de outros tantos, buscar melhorias pessoais e extra-pessoais tirando o olhar apenas de nós mesmos, este é o momento.
Mas continuar firmes e fortes em nossa trajetória diária, fazendo hoje para melhorar o amanhã, dar o melhor de si agora, só assim sairemos deste mar de lamas em que fomos colocados, cada um de nós cidadãos brasileiros.
Nosso poder está no agora, não podemos mudar o passado, mas sim o futuro trabalhando com muito afinco hoje, sem reclamação, sem pessimismo, sem pestanejar, afinal de contas somos brasileiros e não desistimos nunca, pelo menos é o que se diz por ai (eu sou).
Acredito que precisamos começar a mudar o Micro para depois mudar o Macro, mudar aquilo nos rodeia, criar mecanismos mais simples em todos os sentidos, começar a olhar para dentro de nós e enxergar o melhor que podemos dar em função de outros, ainda que isto não nos traga retorno mas fará diferença para o todo, sermos mais solidários uns com os outros.
Se mudamos a nós mesmo já estamos fazendo algo pela mudança daquilo que está ao nosso redor.
A crise está ai, como vamos sair e reagir a ela somos nós que escolhemos, isto vai revelar realmente o que somos, do que somos feitos e o nosso espírito diante das adversidades.
Acredito que se trabalharmos com afinco e acreditando que o melhor está a nossa porta, sairemos mais rápido deste atoleiro.
O aprendizado que fica é que precisamos nos qualificar para entender que tipo de pessoas queremos ser e quais serão aquelas que nos representarão no futuro, porque este modelo que temos visto está falido e somente pode ser alterado com o nosso engajamento, tendo coragem para as mudanças que precisam ser implementas e resistindo a corrente que insiste em trazer de volta aquilo que já está mais do que provado não deu certo.
Vamos em frente e para o alto, pois futuro nos espera.