Tenham filhos!

Tenham filhos!

Antes de ir dormir hoje algo martelava na minha cabeça. Pensei comigo: Se tivesse que dar um conselho a alguém hoje, qual conselho eu daria? E me ouvi respondendo: Tenha filhos! Sei que é meio complicado, pois sempre vem os argumentos: mas olha o mundo em que vivemos, não vou dar conta de criar um filho agora, primeiro quero me estabilizar profissionalmente, enfim, inúmeros são os argumentos contrários. Mas afinal, existe um tempo exato para se ter filhos? Porque afinal, fiquei pensando sobre isso? A resposta mais pura e verdadeira é o amor que tenho pelo meu filho Davi. Suas gargalhadas com pequenas coisas, as suas travessuras que me tiram do sério, suas caras e bocas, seu abraço, seu carinho, a sua doçura em gestos espontâneos que só uma criança é capaz de transmitir; nossa bagunça, brincadeiras, seus gritos de “PAPAI” na varanda pra todo mundo ouvir, rs (Ah! Como eu adoro). São tantos momentos, tantas situações, que esse convívio e esse processo me faz refletir do quanto é espetacular ser pai. Agora não é fácil! As birras, os choros na hora de comer, as noites mal dormidas não só pela quantidade de acordadas durante a noite, mas também quando dormimos juntos e os chutes que levo por todo o corpo, rs. Momentos de proeza de acordar e se deparar com a sua casa alagada simplesmente pelo fato do seu filho abrir a torneira do banheiro e deixar ela aberta na pressão: ai ai, paciência, paciência, rs. Lógico que ele não tem noção ainda das coisas e a responsabilidade é minha, mas a rotina do dia-a-dia não é simples: troca fralda (agora ele tá na fase do desfralde, então bora ensinar a usar o peniquinho), prepara e dá o almoço (quando ele não esperneia que não quer), brinca, brinca e brinca, coloca pra dormir, prepara o lanche, o jantar, dá banho, coloca pra dormir, ufa! Que rotina! Essas são algumas tarefas diária, mas a recompensa de todo amor que está construído nessa relação de pai e filho, me faltam palavras para qualificar ainda mais esse sentimento. Venho amadurecendo e aprendendo a ser pai a cada dia, os desafios são enormes, mas são os melhores da minha vida. Está chegando a hora dele voltar pra creche, nossas vidas vão se separar um pouco do convívio diário, foram praticamente 2 anos e meio nessa rotina, novos desafios virão pra mim e para ele, mas o que me faz martelar a cabeça, após redigir esse texto sem pensar em ser certinho com a forma gramatical, mas apenas de me entender e achar a resposta é que já estou sentindo a sua falta meu filho! Me veio a lembrança de hoje, sentado no sofá juntos e quando tocou uma música em um desenho, você do nada começou a dançar, me fazendo sorrir num simples gesto. Atitudes assim, me fazem refletir muito a forma que nós adultos levamos nossas vidas no cotidiano. Você transformou e vem transformando a minha vida e hoje, só tenho a agradecer a família que eu tenho, a minha esposa por me proporcionar viver isso e por tudo que nós estamos construindo juntos. A conexão que temos hoje é algo que me emociona, me faz lembrar aquele desejo de criança que eu tinha: “Quando eu crescer, quero formar uma família e me sentir feliz, inclusive vou separar meus brinquedos para o meu filho”. Se minha mãe estiver lendo isso, ela vai lembrar disso, rs! Minha vó sempre falava o ditado popular: criança dentro de casa é alegria. Não me restam dúvidas, é alegria, é pureza, é ensinamento, é carinho, é amizade, é festa, é calmaria, é paz, é amor. A parte da leitura é outra parte que me trouxe ensinamentos, pois além de aprender com as histórias, me instigou a vontade de ler mais e estudar mais. Educar não é fácil, tem muitos desafios, mas estar ao seu lado nesses anos foi um presente de Deus, uma oportunidade de me repaginar, reinventar e de viver a vida de uma forma mais leve e rica. Ser pai é sinônimo de riqueza e eu te amo profundamente meu filho. Sem querer me estender mais, o conselho que eu dou é: tenham filhos!

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