Ter um website não é suficiente!

Muitas empresas já perceberam a importância de terem presença on-line. Aliás, nos dias de hoje quem não tem uma presença digital estará com toda a certeza a perder uma boa parte dos benefícios que daí possam vir, principalmente perdendo a corrida com os concorrentes.

No entanto, ter um website e esperar que os clientes venham ao nosso encontro não é suficiente. No meio de tantas empresas que aparecem todos os dias, a menos que sejamos já uma marca consolidada, corremos o risco de apenas “existir” on-line.

Ter apenas um website é quase o mesmo que ter uma loja onde vendemos produtos, mas que está localizada numa zona onde passa pouca gente. E as pessoas que passam, possivelmente, nem estão interessadas no que vendemos. Com toda a certeza, poderíamos beneficiar se as pessoas que realmente precisam dos nossos produtos soubessem onde estamos e o que vendemos.

Muitos podem afirmar que através de anúncios pagos é possível que as pessoas nos encontrem. Que as redes sociais ajudam nesse processo, etc. É verdade. Também é verdade que estes canais pagos trazem resultados no curto prazo. Contudo, esses canais requerem um investimento constante. É aqui que entra o SEO (Search Engine Optimisation), otimização de websites para motores de busca.

O SEO obviamente que também requer investimento e deveria igualmente ser um processo constante. Mas o maior benefício é que os resultados podem permanecer por mais tempo, mesmo que apenas seja feita uma otimização inicial. No fim, se fizermos as contas, o valor investido em SEO irá compensar mais que apostar apenas nos canais pagos.

O que otimizar?

O objetivo do SEO é ajudar as pessoas a encontrarem um produto (informação, etc.) que necessitem e que tenha, por exemplo, as características do nosso, mas que não sabem que a nossa empresa vende esse produto. No fundo, a otimização vai permitir que as pessoas cheguem ao nosso website.

E como otimização inicial nem é necessário algo de muito complexo. O processo é o seguinte:

• Procura de palavras-chave que sejam relevantes para o meu negócio;

• Otimização de títulos de página;

• Otimização de descrição de página;

• Otimização de H1, H2, H3;

• Otimização de imagens (alt texts - descrição da imagem);

Esta otimização deve ser feita página a página. E, cada página deve estar posicionada para uma palavra-chave apenas. Ao fazer-se esta otimização “básica”, as probabilidades de um website ser encontrado mais facilmente aumentam.

As otimizações que foram mencionadas atrás podem ser feitas sem grandes conhecimentos de SEO. Obviamente que existem outras que requerem mais tempo e que são um pouco mais complexas, dependendo também da dimensão do website. Nestes casos, é necessário a ajuda de um profissional experiente, sejam freelancers, sejam agências especializadas. 

Como saber se o meu website está otimizado?

Na verdade, é bastante simples. Suponhamos que uma empresa, a “Corticinha”, vende artigos em cortiça online, direcionados para o público feminino. Além da homepage e da página de contactos, tem mais três páginas. A estrutura seria a seguinte:

1.     Homepage

2.     Malas

3.     Cintos

4.     Carteiras

5.     Contactos

Num website otimizado, ao colocar-se o cursor em cima da aba do separador das carteiras, que fica localizado em cima, uma palavra-chave associada seria, p. exemplo, “carteiras de senhora em cortiça”, seguido do nome da empresa (Carteiras de senhora em cortiça – Corticinha). No entanto, pode acontecer que não esteja bem otimizado, podendo ocorrer dois casos distintos:

No primeiro caso pode ter uma palavra-chave genérica como “carteiras de cortiça”. Na verdade, não deixa de ser uma palavra-chave relevante. Contudo é demasiado abrangente.

Neste caso, o motor de busca poderá apresentar a página a homens que procurem por carteiras de cortiça masculinas, o que causará uma frustração no utilizador, saindo do website quase imediatamente. Esta saída repentina do website dá um sinal ao motor de busca, indicando que aquela não é a página que o utilizador deseja, podendo o website sair prejudicado.

No segundo caso, pode acontecer que a página tenha apenas uma palavra-chave genérica que é igual para todas as páginas do website. Um exemplo seria “produtos em cortiça” com o nome da empresa antes ou depois da palavra-chave (Produtos em cortiça – Corticinha).

Neste caso, o motor de busca não sabe que páginas apresentar, pois não tem palavras-chave associadas que as distinga, apenas um termo genérico para todas. Nesta “guerra” ganha quem estiver melhor otimizado.

A melhor opção seria “carteiras de senhora em cortiça”, pois é a que melhor descreve o artigo da página. Em todo o caso, deve ser feita a priori uma pesquisa de palavras-chave para atribuirmos não só a que melhor descreve a página, mas também a que tenha mais procura.

Conclusão

O simples facto de uma empresa ter um website não garante que este tenha uma boa performance online. Muito do sucesso dos websites advém do trabalho de otimização feito por profissionais de SEO.

No entanto, é errado pensar-se que ao fazermos uma otimização de um website, que este automaticamente fica bem posicionado nos primeiros lugares. Isso deve-se a muitos fatores, alguns deles não controláveis, como as especificidades do próprio motor de busca ou os próprios concorrentes. Contudo, as probabilidades de um website ter um melhor desempenho orgânico depois de ser otimizado aumentam.

Outro aspeto é que alguns resultados não aparecem no imediato, mas sim no médio e longo prazo mas, se forem bem feitos, podem permanecer por muito tempo.

É importante realçar que o SEO não deve ser uma técnica isolada, mas sim utilizada em conjunto com outros canais como as redes sociais, e-mail marketing, etc., de forma a reforçar a presença digital de uma empresa.