Terminei meu mestrado na FGV - Gestão da Saúde

Esta semana eu apresentei minha dissertação do mestrado profissional em gestão da saúde para uma banca da FGV.

Conheço muita gente que aprende a partir da observação empírica, que decide a partir da intuição, que trabalha a partir da experiência adquirida, que opina a partir do que acredita. E devo dizer que conheço muitas pessoas que são bem-sucedidas desta forma. Eu não consigo ser assim. Eu preciso me sentir seguro a respeito do que estou fazendo ou dizendo, e costumo buscar esta segurança na academia.

Eu precisei de uma faculdade em Ciência da Computação para atuar em TI, fiz uma pós em administração de empresas para migrar para uma área de negócios da instituição financeira onde trabalhava, precisei de um MSc in Business Management para me arriscar em Investment Banking onde fiz uma bela carreira e, finalmente, busquei um mestrado profissional em Gestão da Saúde para migrar para o setor que tive oportunidade de cobrir por mais de 10 anos pelo banco.

Em um programa desenhado para quem já atua no setor de saúde e quer se desenvolver profissionalmente a partir da aplicação de metodologia científica de gestão, eu precisei explicar minha motivação na minha entrevista de admissão: “Eu passo o dia falando sobre o setor de saúde com executivos do setor e investidores interessados no setor. Passo o dia ouvindo afirmações que parecem verdades de tanto que são repetidas. Mas eu preciso de um pouco mais. Eu preciso conhecer os fundamentos. Eu preciso entender as causas, eu preciso ser capaz de questionar as frases que escuto, ainda que seja para confirmá-las.”

A experiência foi fantástica!

A instituição FGV dispensa comentários, e o corpo docente do GVSaúde é composto por professores excepcionais. Estamos falando de protagonistas na construção do SUS, na fundação da ANVISA, na gestão pública da saúde pelo país. Mas também de lideranças na saúde suplementar, conselheiros de grandes empresas do setor, estudiosos da saúde corporativa, acadêmicos com experiências internacionais e atualizados com as tendências em evidência no setor.

Nestes 2 anos tive a oportunidade de conviver e aprender com meus colegas de sala: diretores de hospitais públicos e privados, profissionais das operadoras da saúde suplementar, de prestadores de serviço, da indústria farmacêutica, especialistas em benefícios entre outros. Dividi horas de estudo com quem está liderando projetos de envelhecimento ativo em Belém, administrando OSs de Saúde no Centro Oeste, desenvolvendo soluções tecnológicas no interior de SP e combatendo a Covid no Amazonas. Com cada um deles aprendi muito. E espero ter conseguido passar alguma informação relevante com minha bagagem anterior distinta da maioria deles.

Para mim o mestrado foi um grande desafio intelectual. Voltei ao banco da escola depois de 13 anos e em um momento de transição de carreira. O curso, os professores, e principalmente as conversas com os amigos do programa me deram confiança para fazer a transição mais importante da minha vida profissional. Já são 4 meses com o Grupo GSH, e só tenho a agradecer ao MPGC pelas ferramentas que me deu para que eu possa fazer um bom trabalho neste novo desafio.