Tesouro Direto - Parte 1
Nesta série, será apresentado novamente as características das aplicações via Tesouro Direto. No ano passado, havia uma série semelhante, em que apresentamos as variedades de títulos nas quais um investidor pessoa física poderia investir, mas ao longo de 2015 houve uma troca na nomenclatura dos títulos, com o intuito de facilitar a compreensão da natureza dos títulos, portanto, nesta série atualizamos as nomenclaturas e cada natureza de título público será mais detalhada do que na série anterior.
Neste artigo, será apresentado sobre a estrutura das operações do Tesouro Direto, enquanto que nas próximas partes, serão detalhadas as classes principais de títulos, fechando com um diagrama de como estruturar um investimento ou retirada.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um instrumento financeiro que permite para que pessoas físicas (pequenos investidores) possam comprar diretamente títulos do Tesouro. A diferença em relação ao investimento "clássico", via Fundo de Investimento, reside no fato de que o Tesouro Direto dá a custódia (a propriedade) diretamente ao investidor, sem cobrar a taxa de administração que seria cobrada no caso de se utilizar um Fundo de Investimento.
Existem outros benefícios que serão apresentados na última parte desta série, envolvendo a cobrança do IR apenas na retirada, dentre outros.
Como Investir?
Para investir no Tesouro Direto, é necessário ter uma conta em uma corretora (ou banco), é por meio desse agente financeiro que será realizada a compra ou venda de títulos. Note, apenas a operação passa pelas mãos do agente financeiro, a custódia (ou seja, a propriedade) dos títulos fica nas mãos do investidor.
Uma vez criada a conta investimento em uma corretora, é necessário vincular essa conta no Tesouro Direto (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto), para começar a fazer operações de compra e venda de títulos.
É possível realizar a compra ou venda de títulos por meio da sua corretora ou banco, verifique essa possibilidade com o seu agente financeiro (verifique também se são cobradas taxas adicionais por esse serviço).
As corretoras e bancos costumam cobrar uma taxa de administração para cuidar da custódia dos títulos, uma dica é olhar esta lista (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-instituicoes-financeiras-habilitadas), que contém uma tabela atualizada das taxas de administração cobradas pelas corretoras e bancos.
O recomendável é utilizar corretoras que não cobram taxa, pois taxas mesmo que reduzidas, estão reduzindo a sua taxa de retorno nos títulos, em troca muitas vezes só da comodidade de fazer tudo dentro do mesmo banco.
Pode ser mais trabalhoso manter a conta em uma outra corretora, mas avaliando o efeito dos juros compostos, essa taxa de administração, observando a longo-prazo, irá consumir de 2 a 5% do rendimento total só pela conveniência.
Na próxima parte do artigo, será apresentada uma maneira de como planejar e estruturar a compra ou venda de um título público pelo Tesouro Direto.
Rafael Matsuyama
MIS e Planejamento
8 aEu estava procurando mais informações sobre Tesouro direto e essa publicação me ajudou a compreender mais sobre o assunto, estou cada vez mais perto de realizar aplicações. Obrigado Rafael