Time de Tecnologia Compacto: Quando o game começa de verdade.

Treino é treino, jogo é jogo.

Se na fase de MVP (Mínimo Produto Viável) a palavra de ordem é viabilização, após a validação o foco muda para escala.

As duas primeiras faixas de faturamento alvo de uma startup são facilmente atingíveis com qualquer solução, respectivamente 20-30K e 100-150K de MRR (Faturamento mensal recorrente). O próximo salto, 1MM-1,5MM de MRR já não é tão simples assim.

É nessa hora que atingimos o limite de gambiarra nas soluções de entrada e a terceirização já não dá conta.

Estruturar um time eficiente de tecnologia não é uma tarefa complexa, no entanto, os resultados podem ser catastróficos quando isso é feito de qualquer jeito.

Só programador não pode ser chamado de time de tecnologia

Não importa a senioridade, não dá para montar um time de tecnologia apenas com programadores. Isso ocorre por que eles representam somente 1 de 3 camadas necessárias:

• Estratégica: Representada pelo CTO, é o principal touch point estratégico com a área de negócios, responsável pelo planejamento e pelo monitoramento de indicadores.
• Tática: Representada pelo Tech Lead e Product Manager, é responsável pelos processos de gestão, qualidade de entregas e fluidez da camada operacional.
• Operacional: Aí sim, os programadores, são responsáveis pela execução.

Não existe time eficiente sem essas três partes.

Os limites da terceirização

Se no momento do MVP a terceirização é uma forma de viabilização, na fase de escala isso se torna inviável por um único motivo: custos.

Uma fábrica de software naturalmente tem custo 4X superior a um time interno, afinal, eles tem os mesmos custos que você e ainda precisam lucrar, além de reservar uma capacidade ociosa (pelo menos deveriam).

O cliente ideal de fábricas de software e bodyshop são corporações, onde a tecnologia não é core e a verba sobra.

No entanto, operações de squads on demand são excelentes opções para complementar um time próprio.

Turn-over e concorrência internacional

É fato que hoje um desenvolvedor tem muitas outras opções de trabalho, sobretudo em empresas internacionais, porém, os grandes contratantes estão atrás da nata da força de trabalho, programadores SR fluentes em inglês o que, naturalmente, representa a minoria.

Geralmente o turn-over de programadores não ocorre só por oportunidades de trabalho que remuneram melhor, mas pela falta de planejamento de carreira e ambiente saudável de trabalho.

Viabilizando um time com budget limitado

Mesmo após uma rodada Seed de investimentos não dá para sair esbanjando com tecnologia.

O grande segredo para times eficientes em entrega e custos é o dimensionamento das camadas.

O operacional é o primeiro a ser totalmente internalizado e pode combinar time fixo mais JR com Seniores part-time.

As camadas tática e estratégica também pode ser implementadas de forma part-time ou mesmo por adviosry, dando margem para a formação de lideranças dentro de casa.

Outra alternativa é a capacitação de um dos founders como Product Manager, o que pode tornar o processo mais barato e direto nas fases inciais.

Tecnologia tem valor no M&A

Se no começo a tecnologia não faz muita diferença, o jogo muda quando estamos próximos de um evento de liquidez.

Além de faturamento e domínio de mercado, uma tecnologia fluída e bem estruturada faz diferença na avaliação e, consequentemente, no bolso dos founders numa situação de fusão e aquisição.

Precisa de ajuda?

Se você estiver vivendo dificuldade em formar ou mesmo medir desempenho do seu time de tecnologia, me manda um INBOX, provavelmente eu tenho as respostas para o que você procura.

Um abraço tecnológico e felicidades