TMU News #09 | Real Digital e outras moedas virtuais.

TMU News #09 | Real Digital e outras moedas virtuais.

DREx: pra você não ficar andando com dinheiro de papel e faltar troco.


Eu sei que dar aquela reclamada sobre a vida às vezes é bom e até meio terapêutico, mas fala a verdade: qual foi a última vez que você pegou uma fila no banco? A frequência pelo menos diminuiu, não é? 


Muitos brasileiros (eu inclusive) nem tem mais conta física e resolve (quase) tudo pelos aplicativos dos bancos digitais – todos aqueles que eu, você e até nossos avós já conhecem. 


A gente nem se dá conta, mas a verdade é que essa digitalização do sistema financeiro que trouxe junto um monte de mudanças para a sociedade e para a economia – boom das startups de finanças, maior inclusão no universo dos investimentos, mais facilidade para migrar seus dados para outro banco, uso de inteligência artificial para entender melhor as necessidades dos clientes – é até bem recente e, há pouco tempo atrás, nem PIX nós tínhamos. 😱 


Para mapear todas essas transformações, a gente preparou uma News bem massa que vai te ajudar a fazer bonito naquela conversa sobre investimentos, tecnologia e fintechs (que, aliás, se você ainda não sabe direito o que é isso, são as startups do mercado financeiro). 


Fica esperto então e dá uma conferida nos tópicos de hoje:   



  • 🛣️ Sistema financeiro a mil: mudanças e disrupções tecnológicas
  • 🏦 Democratização x concentração bancária
  • 🔓 O que raios é o Open Finance?
  • 🕺 Os benefícios para os consumidores
  • 💲 DREX na área!
  • 💰 Papo de investidor: se empoderando no novo mercado de capitais
  • 📺 Explicando… Dinheiro [DICA DE SÉRIE]
  • 📻 Ganhando money na gringa: Novo episódio do Tech Me Up Podcast
  • 💼 Ella Vagas!


Buena lectura!

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As mudanças mil do sistema financeiro.

Para entender como o sistema financeiro do Brasil realmente se transformou nas últimas décadas, a gente precisa considerar pelo menos três fatores nessa conta: fintechs, experiência do cliente e investimentos em inovação. 


A verdade é que os roxinhos, verdinhos e laranjinhas que foram surgindo no mercado brasileiro trouxeram concorrência de verdade para uma indústria bancária que ainda é muito concentrada nos 4 maiores bancos do país – mas que era muito, muito mais. 


E isso, naturalmente, aumentou a oferta de serviços e de produtos financeiros para camadas da população que, pra não tapar o sol com a peneira, eram meio que excluídas do sistema financeiro pelo seu potencial econômico reduzido. 


Para a gente ter uma ideia dessa mudança que tornou o mundo dos bancos mais inclusivo, uma pesquisa da Mastercard apontou que só durante a pandemia, o número de "desbancarizados" no Brasil caiu 73%.


E isso é bom para o próprio mercado e para a sociedade, que fortalece seu poder de consumo e faz a roda da economia girar. 


Aliás, é por acaso que o Brasil é o maior ecossistema de fintechs da América Latina e o 14º do mundo (o ranking é da empresa alemã Mambu): a grande sacada das startups foi focar na experiência do cliente para poder competir com os grandes bancos e seu maior poder de investimentos.


E como ninguém é bobo, isso "forçou" uma mudança do mercado como um todo: hoje todo banco tem um app e a maioria deles aumentou os investimentos em tecnologia para não ficar para trás nessa corrida por clientes e inovação. 


Segundo a Febraban, só este ano, são estimados R$ 45 bi em recursos para novas tecnologias – quase 30% a mais do que em 2022, que já foi um ano bem bom nesse sentido.


Mas claro, nem tudo são flores…       



Devagarinho é que a gente chega lá? Indústria bancária melhorou, mas pode avançar muito mais.

Sim, o sistema financeiro do Brasil deu uma boa melhorada de uns tempos pra cá: não ter que pagar aquele boleto na hora do almoço da firma já é uma benção. 


Mas teve mais coisa, como o PIX, um modelo de pagamento que colocou o país na dianteira da inovação bancária global e que já é o meio mais utilizado pelos brasileiros para resolver B.Os e fazer transações financeiras. 


Como toda mudança estrutural leva tempo, o Brasil ainda tem alguns desafios: aproximadamente 16% da população adulta ainda não tem relacionamento com nenhum banco e o acesso ao crédito ainda é um obstáculo principalmente para pequenas e médias empresas.


Além disso, há alguns efeitos colaterais para a própria estrutura mercado financeiro: com o avanço da digitalização, mais e mais bancos físicos fecham, vagas ficam escassas e os profissionais que atuam no setor precisam urgentemente se adaptar às novas tecnologias como IA e ferramentas de análise de dados. 


Um caminho, dentro desse contexto, tem sido a absorção de profissionais pelas fintechs: só entre 2020 e 2021, as vagas em startups financeiras cresceram mais de 460% mas exigem, justamente, as tais das habilidades digitais.


Para quem atua na área e se interessa em se aprofundar nesse universo, vale a pena conferir os cursos (têm cursos pagos e outros na faixa) da Data Science Academy, com temas como inteligência artificial, user experience e business intelligence. 

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Open What? Um pequeno guia do Open Finance!

A boa notícia dentro de todo esse contexto é que o Banco Central tem ficado atento a todas disrupções, transformações e erupções do sistema financeiro e sua participação tem sido bastante ativa no sentido de aumentar esse processo de inclusão bancária e empoderamento dos consumidores.


Além do PIX que a gente já comentou, outra pauta quente do mercado é o Open Finance – fase mais avançada do Open Banking e que pode ser traduzido meio ao pé da letra mesmo "abertura bancária/financeira" ou, pra ser mais preciso, se refere a abertura de dados do sistema que inclui bancos, corretoras, empresas de crédito, seguros e todos os agentes autorizados pelo BC.


Na prática, o cliente (nós consumidores ou empresas) têm mais facilidade para migrar para outras instituições e, com nossa autorização, os bancos e outras empresas podem utilizar essas informações para melhorar sua oferta de serviços, facilitar processos de tomada de crédito, emissão de cartões, etc.


A promessa do Banco Central é também facilitar a entrada de novos players no mercado e isso, novamente, aumenta a competição no setor e tende a baratear o acesso a produtos financeiros: coisa que a gente já vê, por exemplo, com o aumento da oferta de cartões e outras operações por empresas do varejo.


Calma, eu sei que é muita mudança pra assimilar, mas, por hora, pensa assim: com o open finance, a portabilidade bancária será otimizada de modo semelhante ao que ocorreu no setor de telefonia. 


Mas tudo tem que ser sempre com sua autorização, por isso, fica de olho nas letrinhas miúdas de contratos e nos termos de adesão ao Open Finance do seu aplicativo bancário!

 


Mas o que ganhamos com isso? Os benefícios da abertura de dados financeiros.

Pra facilitar, aqui vai um resumão dos benefícios do Open Finance segundo o próprio Banco Central:

  • Surgimento de novos modelos de negócio e força para as startups financeiras;
  • Inclusão de consumidores desbancarizados e segmentos desassistidos da população;
  • Foco na experiência e empoderamento do consumidor;
  • Mais transparência – você é dono dos seus dados;
  • Facilitação da portabilidade bancária;
  • Maior controle sobre as finanças.


Mas vale reforçar novamente: muitas dessas mudanças ainda vão levar um tempo e o Brasil ainda tem muitos desafios pela frente para ter um sistema financeiro realmente inclusivo e menos concentrado nos "Big Banks".



Na moral: se liga no Real Digital!

A News já tava pra sair e o Banco Central adiantou mais uma novidade – que já vinha sendo discutida nos cafés e corredores do meio corporativo – que não podia ficar de fora: o Real Digital, batizado com o nome maneiro de DREX! 


A moeda digital é isso que você está imaginando: uma versão virtualizada do câmbio brasileiro e que tem como principal objetivo facilitar operações de compra mais complexas – como a transferência de um imóvel, compra de um veículo, etc.


A ideia também é reduzir intermediários: ao invés de você precisar fazer uma transferência e gerar uma papelada para adquirir um bem, com o DREX, basta você autorizar a transação e o Banco Central irá realizar o registro da compra automaticamente, facilitando o lado do vendedor (que recebe o pagamento de modo instantâneo) e do cliente (que tem toda uma burocracia reduzida e já pode receber os documentos da compra digitalmente).


E as possibilidades para o Real Digital são interessantes também para transações mais corriqueiras, como na assinatura de streamings ou compras online – eliminando a necessidade obrigatória dos cartões e o custo de administração de bandeiras, bancos, etc. 


Mas não vale confundir PIX e DREX: o PIX é uma transação. O DREX é uma moeda, a versão virtual do Real, que vai ser disponibilizada em carteiras digitais a partir de 2024. Você vai poder fazer um PIX com o DREX, sacou? 


Entendemos a confusão! Fintechs, Open Finance, Super Apps de bancos, Real Digital… É um mundão de mudanças que a gente até se perde um pouco. Mas calma: com o tempo vamos assimilando tudo, da mesma forma que fizemos com o PIX ou até com as compras online no e-commerce.


A tendência é que isso ocorra também com o DREX e que, quando você menos esperar, estará fazendo a compra de um filme ou trocando seu carro com o Real Digital. Esperemos os próximos capítulos para ver se a previsão se concretiza!



Tá mais fácil investir: algumas dicas importantes.

Antes de fechar, vale falar um pouquinho do mundo dos investimentos. Nesse mercado, a verdade é que estamos longe de ser um país em que todos têm acesso a ferramentas para fazer render sua grana, ter mobilidade econômica e não depender exclusivamente da poupança ou de guardar dinheiro embaixo do colchão.


O lado positivo é que esse cenário melhorou segundo a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais): o número de investidores no Brasil passou de 31% para 36% da população entre 2021 e 2022 e, em grande parte, graças ao avanço dos aplicativos e soluções que facilitam esse processo.


Dentro dessa jornada, é importante considerar algumas etapas:

  • Se informe: depois que terminar nossa News, dá uma passada no próprio site da ANBIMA e visita a plataforma Como Investir, com uma série de conteúdos educativos bem legais para quem está começando a entender a diferença entre poupança e fundos de investimentos;
  • Navegue no app do seu banco: muitas vezes, o caminho tá mais perto do que você imagina. A maioria dos bancos, hoje, disponibiliza em seu aplicativo, recursos para quem quer começar a investir. Dá aquela fuçada e começa do básico, de acordo com o seu perfil financeiro e disponibilidade de investimento;
  • Busque uma corretora digital: não quer ter muito trabalho, mas quer ver seu dinheiro render mais? Outra alternativa é baixar o app de alguma das dezenas de corretoras digitais disponíveis hoje no mercado brasileiro. Na maioria deles, você responde algumas perguntas para traçar seu perfil e, com recursos de inteligência artificial e suporte especializado, a corretora monta uma carteira de investimentos que faz sentido para você.     

 


Dica de Série — Explicando… Dinheiro

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Eu sei que você ama nossa newsletter 🥰, mas depois dessa leitura, talvez esteja querendo se aprofundar no assunto dinheiros enquanto come um pipoquinha, porque ninguém é de ferro. 


Saca só então essa dica de série que é leve e cabeça, ao mesmo tempo (palavra de honra): a "Explicando… Dinheiro" da Netflix nos ajuda a entender, de modo simples, questões finanças pessoais, organização financeira, mudanças do mercado, da economia e até sobre como podemos criar relações viciantes com a grana por meio do consumo, apostas, etc.


E, embora parte do conteúdo seja aplicado à realidade dos Estados Unidos onde a série foi criada, muitas das reflexões valem para todos nós que buscamos uma relação mais saudável com nosso dindin. 


Vale a pena dar uma conferida!

[DISPONÍVEL NA NETFLIX]    



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Tech Me Up Podcast — Morar no Brasil, ganhar em dólar.

Desculpa ficar usando expressão de 1900 e lá vai bolinha, mas o Podcast Tech Me Up é música para os meus ouvidos! E, no novo episódio que você pode ouvir no Spotify ou assistir pelo YouTube, batemos um papo muito bacana com o Lucas Coelho da Realtime Robotics e com a Larissa Rebouças, da nossa parceira Electus. 


Na conversa, eles deram a real sobre como é trabalhar para uma empresa do exterior morando no Brasil. Falaram também sobre os desafios do trabalho remoto e até a respeito da diferença entre a proficiência em inglês cobrado por empresas brasileiras e empresas de fora do país. 


Tá afim de seguir esse caminho? Então confere aí ⤵

Spotify: https://shrturl.app/RGxFxT

YouTube: https://lnkd.in/d-3r2Xmr 



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E por falar na Electus, se liga nessas vagas que ela tá disponibilizando para engenheiros e profissionais de TI trabalharem do Brasil em empresas do exterior! Corre lá!


As posições são 100% remotas! Veja se alguma delas faz sentido pra você e se cadastre neste link


Senior Software Engineer | Vaga Remota | Contratação PJ | Empresa Americana 🇺🇸: especializado em integração de dados, processamento de dados distribuídos e análises, testes e implantação.

Principais qualificações: Inglês avançado ou fluente, Scala, Docker, Kubernetes, bases de dados NoSQL e SQL, fortes habilidades analíticas e de resolução de problemas.


Senior Data Engineer | Vaga Remota | Contratação PJ | Empresa Americana 🇺🇸: a companhia está aproveitando as mais recentes tecnologias nativas de nuvem e técnicas de ciência de dados para projetar e implantar soluções SaaS escaláveis para varejistas.

Principais qualificações: Inglês avançado ou fluente, Java, Scala, Python, Kubernetes, Docker, NoSQL, Apache Spark, Tensorflow, Keras.



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