TMU News #14 | Tendências em People Analytics: Desafios, Oportunidades e Humanização
Descobrimos que os números têm sentimentos, mas eles ainda não sabem rir de piadas.
"Dados são o novo petróleo." Talvez você ache, hoje, essa jargão do mercado já meio manjado e beleza, mas quando o matemático Clive Humby dividiu esse insight em 2006, ainda não estava tão claro para as empresas, governos e nós mortais que a "cultura algorítmica" ia influenciar tanto assim a nossa realidade e mudar a forma como consumimos conteúdo, planejamos uma viagem ou as finanças, adquirimos produtos e serviços…
A lista é interminável e chegou também ao RH: como veremos na Tech Me Up News #14, a tendência de People Analytics é uma das principais pautas da revolução tecnológica focada na gestão de pessoas.
E, embora não seja difícil decifrar a base desse conceito – construir um modelo de RH orientado a dados –, suas aplicações são as mais diversas: do uso de algoritmos para a seleção de colaboradores ao apoio na tomada de decisões estratégicas que podem influenciar na retenção e diminuição da rotatividade de talentos.
Mas a gente também sabe que não rola gerir pessoas como se elas fossem simplesmente números na folha de pagamento de uma empresa. Por isso, na News de hoje, a gente veio falar dos benefícios, mas também dos desafios trazidos pelo modelo de people analytics e como as empresas podem aproveitar esses ganhos sem "desumanizar" o RH.
Se liga nos tópicos de hoje!
Vamo nessa?
📈 People Analytics: um cenário de expansão.
Vamos começar falando de grana, din din, bufunfa só pra gente ter uma ideia mais clara de como os modelos de recursos humanos orientados a dados parece que vieram mesmo para ficar.
Segundo um estudo da Straits Research, em 2031, os investimentos em people analytics devem alcançar US$ 7,6 bilhões globalmente. Se essa projeção for confirmada, estamos falando de um crescimento de 12,8% no direcionamento de recursos financeiros que as empresas farão em soluções para:
Só no ano passado, mais de US$ 2,5 bilhões foram investidos no mundo todo nessa gama de tecnologias que, por sua vez, gera um bocado de oportunidades para novas empresas mais atentas às demandas de uma economia que tem sofrido tanto para reter talentos quanto para atrair mão de obra qualificada.
💼 Startups e RH: um match que dá jogo.
E, nesse mundão de oportunidades, vale a pena ficar de olho no ecossistema de startups de people analytics, que tem sido um motor bem importante dos negócios digitais no Brasil.
De modo geral, uma reportagem do Valor Econômico apontou que, em 2021, os aportes nas chamadas HR Techs alcançaram R$ 241 milhões no Brasil – e, nos primeiros 5 meses do ano passado, o valor já estava na casa de R$ 219 milhões.
A reportagem destaca ainda um mapeamento da Distrito que elencou 408 startups exclusivamente focadas em desenvolver soluções tecnológicas para o RH, muitas delas voltadas para a área de People Analytics.
Mas o texto também adianta um desafio: a maior parte dessas startups é xoven (foram criadas há menos de 10 anos) e, por mais que haja interesse das lideranças, a cultura do RH ainda é muito analógica e pouco orientada a dados.
Quebrar essas barreiras envolve, nesse sentido, um processo de mudança cultural – e aqui vale a máxima, sem transformação cultural, a transformação digital não dá pé.
📊 Desafios e possibilidades da cultura de dados no RH.
E a mudança cultural passa pela formação de lideranças aptas a entender as aplicações de people analytics e como elas podem se encaixar na realidade de uma empresa, levando em conta os objetivos, a cultura do negócio e a importância do foco na construção de equipes plurais.
Esse entendimento é fundamental para a superação de um desafio bem comum quando se discute o uso de dados na gestão de recursos humanos: o uso falho dos algoritmos que, nos piores cenários, pode reforçar preconceitos, vieses de contratação e formas equipes muito homogêneas, com os mesmos traços de personalidade.
Em entrevista para a HSM Management, Deli Matsuo, Chairman da Appus – uma das pioneiras em análises preditivas para o RH no Brasil – e sócio da Ella - comenta que um dos caminhos para vencer esses riscos envolve o estudo de aplicações bem-sucedidas de people analytics, como no caso do Google, empresa reconhecida pela diversidade de suas equipes.
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Se liga na palavra do chefe:
"O people analytics é a expansão da fronteira da ciência e tecnologia para a área de gestão de pessoas” e, de acordo com Deli, se bem utilizadas, as ferramentas de P.A. podem apoiar os líderes de RH, hoje pressionados pelas demandas do mercado, a "finalmente encontrar as melhores métricas e utilizá-las da melhor maneira possível".
🎓 Quer trabalhar com People Analytics? Se liga nessas dicas!
Mas pra isso, claro, os analistas e gestores de RH especializados em People Analytics precisam se preparar de verdade. Nesse sentido, preparamos 3 passos básicos para quem deseja conectar dados a gestão de pessoas com sucesso em uma empresa:
E vale a pena, viu? Os salários para gestores de people analytics no Brasil, na média, estão superando R$ 15k!
🚀 Tendências de inovação para o RH
Os dados meio que circundam tudo (ou quase tudo) que movimenta a tecnologia na sociedade contemporânea, mas as tendências de inovação caminham por especialidades diversas e no RH não é diferente.
Com base em matérias recentes do canal Edtech (UOL) e da Forbes, a gente separou 4 tendências de inovação no RH que, em maior ou menor escala, já estão chegando no Brasil:
📚 DICA DE CONTEÚDO — Cases Reais de People Analytics
Beleza, você curtiu essa jornada inicial no universo de People Analytics, quer conhecer um pouco mais e, quem sabe depois disso, começar a investir de verdade no seu desenvolvimento na área?
Uma boa dica pra continuar nos conceitos gerais é o vídeo Cases Reais de People Analytics - Descomplicando o People Analytics #5, feito pela galera da Mindsight Brasil no YouTube.
No vídeo, são analisadas cases reais de grandes empresas que usaram PA para antecipar diferentes situações e criar um novo plano de ação baseada em dados, como: descobrir índice de turnover e suas motivações, economizando 70 milhões de dólares em 01 ano para a empresa; desmistificar a correlação entre currículo e alta performance, focando no fit cultural a longo prazo; e criar campanhas especificas para diferentes tipos de visão dos funcionários sobre vazamento de informações internas, diminuindo quase 3x o número desses leaks.
#FicaADica
🤖 Artigo Ella — People Analytics e humanização: como unir essas perspectivas.
Lá em cima a gente falou de "tecnologia com foco no humano" e a grande sacada é fazer com que people analytics tenha esse direcionamento: apoiar as áreas de recursos humanos a construir empresas mais eficientes, mas também jornadas de experiência mais personalizadas e humanizadas.
Em artigo do blog da Ella, destacamos, justamente, essa perspectiva: o avanço da tecnologia pode e deve reforçar o lado humano na gestão de pessoas. Sim, sabemos que parece contraditório, mas explicamos tudinho no link aí embaixo:
Confere aí ⤵
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