Tomada de Decisão: Desvendando a Influência das Emoções nos Vieses e na Cognição.

No último artigo (leia aqui), exploramos brevemente os vieses cognitivos – aqueles desvios mentais peculiares que podem nos desviar do caminho sem que percebamos. Agora, e as nossas emoções? Ah, emoções - o curinga no jogo de tomada de decisão que pode confundir até mesmo as mentes mais racionais.

Nossas Bússolas Comportamentais

Imagine o seguinte: você está no meio de um debate um pouco acalorado no trabalho, defendendo sua última proposta de projeto com todos os fatos e números que puder reunir. Mas, de repente, seu colega faz uma observação inesperada - uma crítica que provoca um desconforto em você. Pronto, flutuações emocionais ocorrem: frustração, atitude defensiva, talvez até uma pontada de raiva dominam.

Agora, é aqui que as coisas ficam interessantes. Esses sinais fisiológicos (emoções), eles não são apenas espectadores passivos no processo de tomada de decisão - ah, não, eles são atores ativos, influenciando nossos pensamentos, percepções e julgamentos em cada etapa do caminho. Costumo dizer que são bússolas comportamentais.

Fatores Ocultos: Potencializando Seus Efeitos

Vamos retroceder por um momento e revisitar alguns dos fatores ocultos (vieses), como o viés de confirmação e a ancoragem (leia mais aqui). Consegue lembrar de como eles moldam nossas percepções e julgamentos com base em nossas crenças existentes e nas informações às quais estamos expostos? Bem, adivinhe: as emoções podem amplificar esses desvios da mente, aumentando o volume das nossas noções preconcebidas e ancorando-nos ainda mais firmemente nas nossas posições iniciais.

Mas nem tudo é decepção e tristeza! As emoções também podem servir como pistas valiosas, alertando-nos para potenciais riscos ou oportunidades que, de outra forma, poderíamos ignorar (é aqui que elas possuem um poder maravilhoso). Pense nelas como o sistema de alerta embutido no corpo, exibindo sinais de alerta para chamar nossa atenção e nos orientar na direção certa.

E não nos esqueçamos da cognição – nossa fiel companheira no processo de tomada de decisão. Embora as emoções possam por vezes obscurecer o nosso julgamento, a cognição surge para salvar o dia, ajudando-nos a pesar os prós e os contras com a cabeça limpa e a mão firme.

Buscando a Harmonia e Maestria Emocional

As emoções e a cognição não podem ser vistas como inimigas. É claro, há momentos conflituosos. No entanto, muitas vezes elas trabalham juntas em perfeita harmonia, guiando-nos para decisões que são ao mesmo tempo racionais e emocionalmente satisfatórias. É como uma dança lindamente coreografada, com cada parceiro aproveitando os pontos fortes do outro para criar uma obra-prima de habilidade na tomada de decisões.

Sabendo disso, na próxima vez que você enfrentar uma decisão difícil, reserve um momento para entrar em sintonia com suas emoções, sentimentos. Eles estão empurrando você em uma determinada direção? Eles estão atrapalhando seu julgamento ou servindo como guias valiosos ao longo do caminho?

Ao compreender a intrincada interação entre vieses, cognição e emoções, podemos desvendar os segredos da tomada de decisões e aproveitar o seu poder combinado para fazer escolhas que, ao mesmo tempo, sejam racionais e emocionalmente gratificantes.

Meu desejo é que continue questionando, continue explorando e, acima de tudo, continue aprendendo. Para isso acontecer, convido você a participar da próxima formação online e ao vivo em vieses e cognição, com certificação e carga horária de 25 horas. Nessa segunda turma, eu e o professor convidado Tiago Gagliano (juiz de direito) aprofundaremos os conhecimentos dentro desse mundo fantástico.

Tem interesse? Deixe seu comentário ou envie uma mensagem no e-mail falarcom@matheusmilan.com.br, ou também no Instagram: @matheusmilanprofessor