Trabalhadores superqualificados e o problema de encontrar trabalho
Prezado (a)
Primeiramente, eu Marcos Álvares, diretor da empresa TMT SEVEN, venho agradecer imensamente esta oportunidade de poder compartilhar nosso trabalho com você.
Venho por meio deste descritivo apresentar nosso modelo de trabalho, e apoio usado em nossos atendimentos.
Trabalhadores super qualificados e o problema de encontrar trabalho
Você se sente como um peixe grande em um pequeno lago? Pessoas super qualificadas que trabalham bem abaixo de seus estudos mostram maior insatisfação e desconforto psicológico. O que podemos fazer sobre esta situação?
O termo “trabalhadores super qualificados” define um problema cada vez mais evidente em nossa sociedade. São pessoas com ensino superior que não conseguem encontrar um emprego de acordo com seus conhecimentos e habilidades. A incapacidade de se desenvolver na sua profissão nem sempre se deve à sua falta de iniciativa, empenho ou persistência.
A culpa talvez esteja em um mundo cada vez mais dominado por inconsistências. Há tão poucas vagas de emprego para funcionários altamente qualificados que não há outra opção a não ser diminuir sua visão. A única saída é aplicar em uma categoria inferior, reduzir expectativas e até ilusões para contribuir para o progresso naquele campo em que é especialista.
Isso explica, por exemplo, por que quando é oferecido um cargo de técnico em uma empresa aparecem 100 engenheiros. Também que, em um cargo de administração, 100 graduados com um, dois ou cinco mestrados se candidatam. O caso é trabalhar, ter um salário, estar no mercado de trabalho e sentir que a pessoa possui algum valor.
No entanto, isso não é fácil de alcançar. A pessoa altamente qualificada também tem sérias dificuldades em conseguir um emprego, mesmo que esteja muito abaixo de suas qualificações. Tudo isso se traduz em grande angústia psicológica…
Vivemos em um contexto em que a oferta de ensino universitário não corresponde às necessidades do sistema produtivo.
Um empregador nem sempre preferirá um candidato com uma qualificação acadêmica mais alta.
Trabalhadores super qualificados, um sofrimento silenciado
Há muitas pessoas que estiveram nesta mesma situação. Elas revisam as ofertas de emprego diariamente e depois de ver uma que mais ou menos pode se encaixar com elas, elas se candidatam. Há uma chamada, uma entrevista e um processo de seleção. Por fim, elas são informadas de que seu currículo é excelente, mas que devido a essa super qualificação são descartadas.
“Aqui você ficaria entediado”, dizem a elas. “Suas habilidades estão acima deste trabalho, você merece algo melhor”, insistem. No entanto, quando as ofertas de emprego para empregos qualificados são mínimas, a pessoa é forçada a optar por empregos de nível inferior. E é aí que surge o problema: descobrir que muitos empregadores não querem trabalhadores super qualificados.
Claramente há um paradoxo latente. O sistema produtivo de muitos países não condiz com a oferta de qualificação oferecida aos jovens. A oferta de emprego real está bem abaixo do número de graduados universitários que chegam ao mercado a cada ano.
Da mesma forma, sempre há exceções, e essa sobrequalificação não afeta igualmente todos os graduados. No entanto, a maioria se vê nessa encruzilhada pessoal, laboral e existencial. As consequências derivadas desta situação são múltiplas.
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O problema da sob requalificação não é exclusivo da população mais jovem e dos recém-graduados. São muitas as pessoas com larga experiência e elevada qualificação que se encontram num determinado momento sem trabalho e com grandes dificuldades em regressar ao mercado de trabalho.
Frustração, desmotivação e infelicidade
A sob requalificação pode ser entendida como a percepção de que se possui habilidades muito superiores às exigências de um trabalho específico. Essa é uma realidade vivenciada por parte significativa dos trabalhadores do mercado de trabalho atual. Porque, quando finalmente conseguem acessar um emprego, é comum que a pontada da frustração apareça aos poucos.
Por exemplo, a Universidade Internacional da Flórida realizou uma meta-análise de superqualificação percebida. Para isso, analisaram 25 anos de pesquisa para esclarecer os achados e chegar às conclusões que publicaram em um estudo.
Trabalhadores super qualificados se sentem como peixes grandes em pequenos lagos. Não estão satisfeitos com o trabalho que realizam, não se sentem comprometidos com a organização e também vivenciam estresse, tensão psicológica, infelicidade…
Além disso, isso é algo que os gerentes e empregadores também sabem. Eles estão cientes de que, quando uma pessoa tem um trabalho para o qual é super qualificada, é provável que comece a chegar tarde ao trabalho e apresente mais licenças médicas devido ao desconforto.
Trabalhadores super qualificados, um fenômeno cada vez mais comum
Michael Harari, autor da referida obra, aponta algo notável. Quase metade de todos os graduados universitários nos Estados Unidos trabalham em empregos que não exigem diploma. A mesma coisa acontece em outros países. Na Espanha, por exemplo, existem 10 milhões de graduados universitários, mas apenas 6 milhões de cargos possuem qualificação de acordo com esses graus.
Isso significa que grande parte dessas pessoas serão trabalhadores super qualificados. Em outras palavras, elas serão forçadas a se candidatar a cargos muito abaixo de seus estudos e experiências. A isto acrescenta-se que nem todos os empregadores querem este tipo de trabalhador. A que isto conduz?
A vidas truncadas, à frustração e a um modelo de educação que não se encaixa nos modelos de produção. A uma sociedade que não se moderniza, que fala de avanços, mas que não oferece vagas para pesquisa. Também a um mundo que se diz cada vez mais sensível às necessidades humanas, mas que não responde de forma prática e real a essas realidades.
Muitas pessoas optam por remover títulos ou treinamentos de seus currículos para conseguir um emprego melhor.
Qual é a solução?
Há muitas pessoas que, precisando de um emprego, decidem eliminar estudos e experiências de seus currículos. No entanto, essa estratégia nem sempre é uma boa opção. É cair na desonestidade e mais cedo ou mais tarde irá contra você. A melhor estratégia, sempre que possível, é não declinar e continuar escolhendo empregos de acordo com a formação que você tem.
Você tem que ser paciente, também estratégias e inovação. Há quem arrisque empreender, outros decidam abrir fronteiras e tentar a sorte em outras cidades e até países. No entanto, o maior desafio é para os trabalhadores qualificados senior que perdem seus empregos. Nesses casos, é sempre difícil voltar a esse mercado, tão carente de oportunidades também para quem já tem mais idade.
Seja como for, é importante não desanimar, buscar apoio de amigos, familiares e outros colegas de profissão. O problema não está naqueles que combinam esforços e ilusões para adquirir a melhor formação possível. O problema está em um sistema de produção que não valoriza o talento e não responde às necessidades da sociedade.
Espero que esta leitura tenha contribuído de forma positiva.
Grande Abraço.
Atenciosamente.
Marcos Álvares.