Um ano de Donald John Trump
Ao celebrar seu primeiro ano como Presidente dos Estados Unidos, os Democratas no Senado deram a Donald John Trump um remédio amargo, semelhante ao que fora feito pelos Republicanos nos governos Clinton e Obama: o fechamento temporário do governo em suas áreas não essenciais. O objetivo, no caso atual, é claro, no sentido de desmoralizar uma administração que, apesar de estar em guerra aberta à mídia estadunidense – reconhecidamente manipuladora, em muitos casos – tem alcançado resultados positivos.
A economia norte-americana, contrariamente aos presságios de Paul Krugman, cresce, o desemprego está cada vez menor, e a Bolsa de Valores nunca subiu tanto. Há um retorno de investimentos empresariais ao país, como recentemente anunciado pela Apple, o que será seguido por outras empresas que já se manifestaram nesse sentido. Há também uma melhoria no nível salarial e a taxa de desemprego entre afro-descendentes nunca foi tão baixa.
No plano internacional, Trump cumpriu algumas de suas promessas. A imigração ilegal advinda do México diminuiu, mesmo sem o tão propagado muro, o Estado Islâmico foi reduzido substancialmente em tamanho, Bashar Assad foi rapidamente punido por haver usado armas químicas e Jerusalém foi reafirmada como capital eterna do Estado de Israel, além da mudança em políticas tradicionais que não vinham apresentando resultados efetivos. Até mesmo Kim Jong-um parece ter retrocedido diante da imprevisibilidade de Trump.
Na agenda doméstica, Trump restaurou muitos assuntos caros à pauta conservadora: colocou na Suprema Corte um juiz conservador, mantém sua posição pró-vida e a necessidade de uma reforma imigratória ampla, tema da agenda de todos os presidentes nos últimos 30 anos, mas que não conseguiram caminhar muito por falta de coragem política. Ademais, reconheceu o enorme problema dos opióides, um dos grandes desafios de uma sociedade rica e dependente de drogas, ainda que medicinais e passou a combatê-los.
Muitos são contrários ao estilo e agenda de Trump. Certamente, tudo tem sido muito diferente de seu predecessor, Barack Obama. No entanto, não se engane. Trump tem muito claro que foi eleito presidente dos Estados Unidos e não líder da humanidade. Ele entende que o mais importante, no momento atual, é a recuperação econômica do seu país e que a sua manutenção como principal economia global é essencial à sua continuidade e relevância global. Perder essa posição teria enorme impacto em sua posição hegemônica.
Trump não é um globalista. Aliás, nenhum presidente norte-americano, em seu primeiro mandato, se preocupa, de fato, com sua percepção global. O que importa é assegurar a maioria no Senado e Câmara de Deputados, além de assegurar a reeleição. Àqueles que entendem contrariamente lhes falta a de compreensão de que a comunidade internacional não tem sequer um voto nas eleições nos Estados Unidos. A derrota eleitoral de George H. Bush, um verdadeiro globalista, ainda serve como prova disso.
Trump seguirá igual. Este é o novo normal e realidade. Seu objetivo é tornar a América grande novamente. Se isso acontecer, o impacto econômico global será mais positivo que o protagonizado por seus antecessores. Resta esperar.