Um ano de pandemia

Um ano atrás, recebemos a notícia do primeiro caso de Covid-19 no Brasil. Em pouco tempo, tudo iria mudar. A forma como as pessoas se relacionam com o trabalho, a atenção constante à higienização, até os calorosos abraços e apertos de mão precisaram ser contidos. 

Várias empresas adotaram o home office como puderam. Era um imperativo. O mundo corporativo foi se ajustando, e os colaboradores e gestores também. As companhias com uma cultura consolidada tiveram mais condições de manter o engajamento dos times, de encontrar alternativas maleáveis e inteligentes para motivar e acolher. Era necessário manter resultados e cuidar das pessoas ao mesmo tempo. Afinal, todos estavam fragilizados de alguma forma. 

A pesquisa Gestão de Pessoas na Crise Covid-19, realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), com dados de 139 pequenas, médias e grandes empresas que atuam em todo o Brasil, mostra que cerca de 1/3 das companhias pretende continuar com o home office após a pandemia. Afinal, produtividade não é sinônimo de presença, e a presença tem sido cada vez mais virtual. O home office já era tendência no mundo inteiro, mas a pandemia acelerou o processo e nos convidou a abraçar essas mudanças com intensidade para mantermos a dinâmica de trabalho e a produtividade em harmonia com o nosso propósito. 

Na Wiz, já investíamos em ferramentas digitais, atuando com uma parcela das nossas equipes fora dos escritórios. Durante a pandemia, criamos o Programa WE - Wiz Everywhere, que reformulou os modelos de trabalho incluindo opções totalmente remotas e também flexíveis, além do formato presencial. Há colaboradores que trabalham nos escritórios em regime escalonado para evitar aglomerações, outros de forma totalmente remota e outros que desempenham suas atividades de casa em dois dias fixos por semana, indo aos escritórios nos outros três dias. A experiência mostrou que, além da readequação de processos e estrutura, era preciso continuar a transformação cultural e digital da empresa e, sobretudo, olhar com atenção e empatia para a realidade e qualidade de vida das pessoas. 

Adotamos cuidados especiais com a saúde mental dos colaboradores para uma melhor adaptação à nova realidade. A crise exigiu simplificação de processos e agilidade, e a reposta dos times foi rápida e eficiente. Em um ano, aprendemos tanto sobre liderança, gestão e sobre nós mesmos. Hoje, temos outras formas de nos conectar e os vínculos de confiança foram reinventados. Estamos ainda mais atentos às pessoas, mais do que aos profissionais. E isso é muito, muito importante. 

A pandemia ainda é um desafio a ser superado e requer de todos nós cuidado e pensamento coletivo. Mas, certamente, toda essa jornada nos deixará mais conscientes e solidários como empresas, gestores, colaboradores e cidadãos.