UM NOVO CICLO SE INICIA
VAMOS NOS PREPARAR.
Petrobrás espera retomar desinvestimentos em 'velocidade máxima', diz Parente Petrobrás espera que "provavelmente em duas semanas" tenha sinal verde do Tribunal de Contas da União (TCU) e, então, possa recomeçar o programa de desinvestimentos da companhia em "velocidade máxima", afirmou nesta segunda-feira o presidente da estatal, Pedro Parente. Na quarta-feira, dia 8, o TCU poderá votar o processo que avalia a venda de ativos da Petrobrás, embora a pauta do tribunal ainda não tenha sido publicada. O tribunal suspendeu a venda de ativos da petroleira em dezembro após detectar irregularidades.
"Estamos discutindo com o TCU algumas mudanças no nosso programa de parcerias e desinvestimentos. Achamos que teremos boas notícias em breve. Provavelmente, em duas semanas, teremos esse assunto resolvido e então poderemos recomeçar o programa a velocidade máxima", disse Parente a jornalistas durante evento promovido pela consultoria IHS em Houston, nos Estados Unidos, conforme áudio ao qual o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, teve acesso.
Questionado, o presidente da Petrobrás não informou quais serão os próximos ativos a serem vendidos no programa. "É algo que anunciaremos tão logo tenhamos essa nova forma (do programa de parceria e desinvestimentos) aprovada pelo TCU", afirmou Parente.
O executivo citou apenas que a companhia tem "um amplo leque de ativos". Parente citou a operação de transporte de gás, que já foi vendida ao fundo canadense Brookfield, campos de petróleo em águas rasas e a BR Distribuidora. "São vários ativos que vão adicionar, no fim, mais US$ 19 bilhões em parcerias e investimentos, para os próximos dois anos, incluindo este ano", disse Parente.
O presidente da estatal também demonstrou confiança na reversão, na Justiça, de ações judiciais que contestam a venda de ativos. "Já conseguimos reverter algumas delas. Restam ainda duas ou três a reverter e vamos trabalhar nelas", afirmou Parente.
Além disso, Parente voltou a afirmar que a empresa não é formadora de preços e reage apenas às cotações internacionais quando determina seus preços de combustíveis. Questionado por uma jornalista, o executivo disse que não pode anunciar aumentos ou baixas nos preços dos combustíveis.
"O mercado anuncia aumentos ou baixas. Não sou eu, não é a Petrobrás. Não somos formadores de preço. Só reagimos aos mercados internacionais. Isso é uma commodity e o mercado faz os preços para commodities. Como qualquer commodity, o que estamos fazendo é apenas reagir a novos níveis de preços tanto do Brent quanto dos combustíveis e do câmbio. É uma coisa muito importante de deixar claro para a sociedade brasileira: nós não formamos preços", afirmou Parente.
O executivo também negou que atrasos na contratação de navios-plataformas (FPSOs) para o campo de Libra, no pré-sal, possam atrapalhar o cronograma de produção.
Fonte: Estadão