Um viva ao gênio Chacrinha!
Desde muito cedo trabalho com comunicação. Desde pequena sabia que minha veia pulsava entretenimento. Pensar na melhor forma de embalar e transmitir o conteúdo para que ele chegue no meu público é um desafio diário que enfrento não só no Mais Você, como enfrentei quando criei o Note Anote, onde inventei até um boneco de espuma em formato de papagaio que pudesse contracenar comigo para atrair a atenção das crianças que estavam brincando na sala enquanto suas mães arrumavam a casa.
Na editora Abril, onde dirigi oito revistas femininas, entendi que comunicar bem faz com que sua mensagem chegue ao destinatário. E quando fui repórter, também sabia usar minhas armas a meu favor.
Hoje vemos uma avalanche de influenciadores digitais provando que basta uma câmera na mão e uma ideia na cabeça para ganhar a atenção de milhões de pessoas. A internet fez com que as mensagens se disseminassem e oque antes era considerado privilégio de quem tinha espaço na TV, hoje é factível pra qualquer um: um lugar ao sol e cliques a vontade trazem os minutos de fama de uma nova geração.
Só que mais que minutos, horas ou meses de fama, é o que me fez chorar essa semana, quando participei do especial de 100 anos do Chacrinha.
O Chacrinha foi um comunicador impecável. Sabia divertir, se divertir, emocionar, ousar e ainda fazer o outro brilhar com maestria. Graças a ele dezenas de sucessos hoje mundialmente conhecidos, vieram a público.
E enquanto estava ali, representando uma jurada do velho guerreiro, senti mais que emoção: senti o impacto que podemos causar na vida do outro quando fazemos o nosso melhor.
O Chacrinha não poupava esforços pra levar entretenimento pro seu público. Ele abraçava o Roberto Carlos com a alma, mesmo que seu microfone arranhasse o rosto do Rei, tratava o Fabio Jr, ainda menino, como uma potência mundial e conseguia perceber o talento de cada um, mesmo que ninguém apostasse que aquilo um dia seria possível.
Ele era, acima de tudo, um cara que não olhava só para o seu umbigo. E talvez por isso, mesmo tantos anos depois de sua morte, ainda é lembrado e homenageado. Mais do que isso: ainda permanece vivo. Vivo dentro do coração de quem tocou. Porque sua sabedoria estava ligada ao fato de que ele deixava o outro brilhar, entrando no coração das pessoas com quem convivia e deixando marcas que foram nutridas com amor e humor.
O que o Chacrinha fez foi encher a casa dos brasileiros de alegria. Foi assim que ele fez de seu trabalho, sua arte. De sua arte, sua missão de vida. De sua missão, aquilo que o eternizaria.
De fato, somos todos humanos e nossa vida pode acabar num piscar de olhos. A inteligência artificial tá aí pra substituir um monte de coisas – e como estou aqui, escrevendo numa plataforma que fala da vida profissional de um monte de gente, o que gostaria de dizer é que deveríamos apostar naquilo que não pode ser transferido, nem substituído, que é o brilho no olhar ao fazer as coisas, a emoção ao tocar as pessoas.
Não somos eternos, e poucos de nós seremos lembrados depois que partirmos, mas que pelo menos possamos, nesse centenário, nos inspirar um pouco nesse cara que deixou, de um jeito único, paixão por onde andava.
Um Viva ao gênio, Abelardo Barbosa.
Encarregado de Manutenção Mecânica de Sistemas Operacionais at Hidro Sistemas
5 aSaudades do Adelardo Barbosa! :)
Conectando ideias, criando soluções
7 aEstá com tudo e não está prosa.
Produtora Cultural/ parecerista/ curadora/ Jurada em festivais europeus
7 aO cara que instituiu o JABÁ
Consultor de assistência Técnica na Robert Bosch Ltda.
7 aO chacrinha é a prova de que ninguém é Substituível.
VOU HORAR POR VOCE ANA PRA JESUS LEDAR MUITA SAUDE E TE ABENÇOAR