O que te fará levantar em 2017?

O que te fará levantar em 2017?

2016 foi praticamente como entrar num ringue com um adversário maior e mais forte e sentir ser nocauteado com chutes e socos em todas as direções. Muitos decidiram jogar a toalha e se estirar esperando aquilo acabar. Outros resolveram levantar, e a cada respiro, percebiam que não adiantava usar o que sabiam para vencer aquela batalha – tinham que inventar algo novo e surpreender o adversário. Esses acabaram equilibrando o jogo e, mesmo sem conseguir derrotar o inimigo, tiveram um empate técnico que deixou gostinho de vitória.

Nem sempre, na vida, conseguimos prever o que vamos enfrentar. Ás vezes eu acordo com a sensação de que vai ser um dia bom, e uma avalanche de acontecimentos me surpreende, sem pausa, me deixando estarrecida até a hora de dormir.

Como comunicadora sempre tive a preocupação de levar o melhor de mim para a frente das câmeras. Por mais que eu divida os momentos ruins e preocupantes, lido com a minha vida e com as notícias que impactam milhões de pessoas. E a maneira como as levo ou como conduzo minhas opiniões, sempre podem fazer a diferença.

Na verdade, basta um olhar para despertar a esperança. E de esperança brasileiro entende mais que ninguém.

É difícil ficar imune ao impacto negativo que as notícias provocam. Mas, quando me sinto assim, tento fazer o exercício de olhar para trás e enumerar tudo de bom que me aconteceu ao longo da vida. E são tantas coisas. Tantas superações depois de perrengues inimagináveis. Tantas vezes me levantei depois de cair sem esperar. E, depois dessas quedas, sempre houve aprendizado.

Que 2016 seja para nós a lembrança de um ano repleto de aprendizado, e que possamos, em 2017, levantar, cheios de esperança, olhando para trás com a sensação de que a gente sempre aprende nas quedas.

Que fique aquele cheiro de surpresa no ar, aquela sensação de viver uma bonança depois de uma grande tempestade. E, por mais que uma andorinha só não faça verão, que multipliquemos esse desejo intenso de levantar e fazer diferente. Que saibamos corrigir o que não deu certo e acertar. Mesmo que as tentativas fracassem, elas são ainda melhores que a inércia.

Porque a vida não espera. Mas vamos seguindo tentando fazer os dias valerem a pena. Porque a cada minuto temos a oportunidade de escolher o sofrimento, ou o aprendizado que ele nos trouxe. Sigo acreditando que cada um tem uma força inesgotável dentro do peito, e que é só olhar pra dentro que ela está lá.

E quando a gente encontra essa força, não tem adversário no mundo que consiga nos derrotar.

Como diria Jesus, o grande homenageado do dia de Natal, ‘de que adianta a fé se só damos passos quando nos sentimos seguros?’ A fé é mais necessária que nunca quando não sabemos se haverá chão para caminharmos. Sem ela, não há chão que se faça sob nossos pés.

E em tempos nebulosos como os que enfrentamos atualmente no Brasil, os caminhos individuais podem ser modificados, mas sempre serão impactados pelos rumos do país. E não há nada que gere mais insegurança que olhar para essa caixa de Pandora, aberta, revelando surpresas indigestas a cada dia.

A sensação é a mesma de se estar num barco em alto mar que é invadido por piratas, mancomunados com a tripulação que deveria proteger e cuidar das pessoas.

Todo brasileiro tem expressado a fúria e a incerteza de se perceber dentro dessa embarcação desgovernada e corrupta.

A pergunta é: será que alguém vai pegar o leme e conseguir conduzir com a certeza de que podemos acertar a rota?

Sigo acreditando. Mesmo com aquela sensação de torpor no peito, de quem se decepciona com pessoas que foram corrompidas pelo poder.

Porque, embora não acredite nos políticos que estão no poder, acredito no ser humano. Acredito na força daqueles que estão indignados e se dispõe a entrar em cena para deixar um mundo melhor para os meus netos, e sei que, no meio desse lodo todo, há de nascerem as flores de maior beleza. Porque é só assim que as reconheceremos como valiosas.

Que a esperança – de acreditar no ser humano – não nos abandone. E que possamos transformar essa realidade.

Eu acredito.

Adelina Maria Martins

Pedagogia- UNICSUL-Serviços Social: BRAZ CUBAS. PÓS. Etnia e racismo, UFF Gênero e racismo,, Filosofia UNIFESP

7 a

Oi gostei muito do seu escrito muito bom

jorge costa

Projetista eletrico senior

7 a

Ana se tudo que esta escrito nesta pagina é de sua autoria, você é uma pessoa, mágica e iluminada ,parabéns , gostaria de te conhecer pessoalmente, um imenso beijo

Comecei meu dia com "Esperança" e eis que ela me surge novamente ao fim do dia.

Hosana Soares

--Toda conquista é única...

7 a

acredito que mudanças são igual a tempo cada dia melhora mais.

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