A urgente e necessária volta para casa: a integração como o caminho
Não posso dizer que foi de um dia para o outro que iniciei uma jornada profunda de mudança de nível de consciência, especialmente do ponto de vista pessoal. No início, achava que existisse uma separação entre o pessoal e o profissional. Porém, a minha ida a Schumacher College há 1 ano foi um marco de despertar para a necessidade urgente de ação e integração entre esses meus ilusórios “dois eus”.
Foi caminhando pelas lindos jardins e florestas de Totnes (aonde fica a Schumacher na Inglaterra), escutando os passarinhos e a sabedoria dos professores, vendo o idealismo e simplicidade dos estudantes e testemunhando experiências de transformação de vidas e negócios; que fui tocada profundamente na compreensão do que eu realmente sou: a própria natureza.
Nossa desconexão com a natureza vem trazendo sofrimentos de todos os lados. As pessoas e o planeta nunca estiveram tão doentes. Estamos sufocados, deixando de lado o sentir, a intuição e o amor, por conta da correria do dia a dia, da nossa mentalidade fragmentada de um mundo ainda parado no século XX, do nosso eterno foco no “ter”, entre outros muitos fatores. O pensamento analítico e científico nos distanciou da nossa essência, daquilo que nos une e não nos separa, da simples realidade de que somos todos um, formados pelos mesmos elementos essenciais (água, ar, fogo e terra).
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Assim como eu, muitos já entenderam - do fundo dos seus corações - que já se passou o tempo de integrar o pensamento analítico e habilidades cognitivas, ao sentir, à intuição e ao amor como forcas de ação. Natureza e pessoas em um mesmo patamar, como organismos vivos e interdependentes. É desse lugar, de dentro para fora, que surge o senso de urgência de agirmos por um mundo mais regenerativo e distributivo.
Precisamos sentir e entender que toda a natureza tem um valor intrínseco. Não podemos ficar esperando mais que alguém, em algum lugar, faça algo pelos problemas que vemos diariamente. Precisamos escolher nosso próprio caminho de ação e trilhá-lo. Sem medo e sabendo que através da colaboração, da imaginação coletiva, do compartilhamento de propósitos, estamos alinhados com a energia transformadora do universo.
Com essa compreensão, seguindo o meu instinto, trabalhando incansavelmente para não deixar o medo me dominar, entendi de uma maneira muito potente o caminho que deveria tomar. Tento não focar nos resultados finais e sim, na potência da integração, do presente e do amor radical, como Satish prega. Como exercício diário, em cada meditação que faço, mentalizo deixar o ego de lado. Afinal, não há certo, nem errado. Na natureza tudo é cíclico, não há um destino certo e cada problema ou desafio é um portal a novas oportunidades. Basta ter coragem, escutar o seu coração e tudo fará sentido.
Advogada especializada em infraestrutura e saneamento básico
7 mExcelente reflexão!
Dani, parabéns pelo artigo e pela jornada! Um prazer estar nessa caminhada com você, sempre nos inspirando. Como diz Gandhi e o Satish sempre nos relembra: “sejamos nós a mudança que queremos ver no mundo”.
CHRO/HR Director/Diretor RH/Sustainability/ESG
8 mQuerida Daniela Pereira de Pinho! É um privilégio e alegria poder acompanhar todo o seu processo. Um lindo desabrochar! Que seu caminho siga cada vez mais repleto de significado e conquistas!
CCA e Embaixadora do Centro de Governança da Família Empresária do IBGC, Presidente do Conselho da Track&Field, Pres. do Cons. do Grupo Baumgart, Faber-Castell Brasil, | Instituto MDB I Co-fundadora Fundo Dona de Mim
8 msensacional!!