USP E AS POLÍTICAS DE INCLUSÃO

USP E AS POLÍTICAS DE INCLUSÃO

No ingresso no ano de 2019, serão reservadas 40% das vagas de cada curso para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas no Brasil. Nessa reserva de vagas, incidirá o porcentual de 37,5% para candidatos egressos da escola pública autodeclarados pretos, pardos e indígenas.

Essa proporção será observada na soma dos processos de seleção da Fuvest e do Sisu (outra forma de ingresso para quem quer estudar na USP e organizada pelo Ministério da Educação).

Na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), em São Paulo, um debate sobre o sistema de cotas que apresentou experiências de diversas instituições na área confirmou o que vem sendo divulgado pontualmente: os alunos que entram por cotas nas universidades públicas têm notas similares às dos demais estudantes, e tampouco apresentam uma taxa de evasão significativa. Tendem também a ter um desempenho melhor que os demais ao longo do curso. No entanto, o apoio financeiro, entre outras medidas que facilitem a adaptação deles, é fundamental para garantir o êxito dos programas. 

Segundo o professor Mauro Zilbovicius da Poli-USP, "há um pensamento de que as cotas rompem com a política da meritocracia e que isso levaria a universidade à decadência, mas os dados apresentados não estão nos mostrando isso, pelo contrário”.

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