Vírus e sua oportunidade

"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças"

Eu tinha certeza absoluta que está frase era do Darwin, mas há margem para questionamentos, mas enfim, não importa, ela se encaixa perfeitamente neste momento de transição..

O mundo se deparou com este terrível vírus que está nos forçando ao isolamento social mais ferrenho do que qualquer outra violência urbana já vista. Estamos todos pirando, não tem coisa pior para nossa mente e corpo do que ficar isolado em casa, perdendo o direito de ir e vir, de produzir, de lazer e tudo mais. Está nos afastando de amigos e muitos familiares e intoxicando a nossa convivência familiar caseira com excesso de gritos da nossa presença massante.

Mas estou aqui pelo universo do trabalho, este importante mecanismo de social produção que faz a engrenagem do planeta girar. Como diria Lulu Santos, nada do que foi será de novo de um jeito que já foi um dia, eu imagino isso para os mercados, empresas e profissionais que estiverem atentos a este momento conturbado ao invés de estarem se queixando. Principalmente no Brasil, que ainda temos hábitos trabalhistas muito tradicionais comparados a outros mercados mais competitivos, mas a grande questão é que é muito caro para as empresas(e no fim das contas, para todos nós) este deslocamento de casa para o trabalho, além disso, é arriscado tanto para a empresa quando para o colaborador, por vários motivos. O "maldito" home office pode acabar se tornando uma belíssima saída e nova modelagem contratual a ser regularizada de forma trabalhista, pois existe um custo de ir e vir, mais o tempo(algo sem preço hoje), mais o ambiente tóxico(para muitos colaboradores é fator decisivo), conforto da sua casa, segurança, fator liberdade(o que é uma delícia) entre outros, sem falar ainda do bem que você está fazendo ao planeta, em especial a sua cidade, não saindo de casa e não poluindo tudo(isso é o ponto mais importante, na verdade).

Lendo, novamente, o livro Quem Mexeu no meu Queijo, do Spencer Johnson, fica claro como a água que este momento em que estamos passando é uma oportunidade de um passo a frente na nossa relação de trabalho. Claro que isso não poderá tocar todas as categorias nem todas as classes, acredito que em nossos mercados, uma pequena porcentagem poderá aplicar no começo, por vários motivos, um deles é a falta de infraestrutura, grande motivo de atraso na competitividade a nível interno e global para nós. Mas acredito que seja um bom começo para que as empresas enxerguem isso como uma oportunidade, uma forma de deixar mais fintech a sua empresa, vamos utilizar a tecnologia cada vez mais a nosso favor e ao invés de olhar este lado triste e mórbido deste fator histórico que estamos vivendo, vamos a limonada.

As entrevistas tradicionais como Roda Viva a distancia, as reuniões via App com muitas pessoas, os acessos em diversos horários nos sistemas das empresas... O cuidado com a relevância na necessidade em sair ou não de casa sem que isso faça com que você perca força de trabalho, ou melhor, transformar isso em ganhos para todos os lados, trabalhador, meio ambiente, empresa e cliente. Acredito que muitos profissionais e muitas empresas vão conseguir encontrar esse calculo físico/matemático para que o resultado seja a excelência sustentável. Em alguns pontos, bem específicos é verdade, o mundo não parou, ele só está girando de uma forma diferente do tradicional e não se enganem, este momento todo uma hora vai passar e esperamos que as boas práticas fiquem.