Vítimas do passado
Vítimas do passado
Os brasileiros, por terem desprezado o passado, estão vivendo um presente conflituoso, sem qualidade de vida e sem desenvolvimento.
Brasileiros do presente, contrariaram Heródoto, o pai da história que achava que a história ocupava um lugar importante, enquanto os brasileiro só dão valor ao presente, desprezam o passado, como se os acontecimentos realizados pelos homens foram apagados pelo tempo sem nenhuma importância para o presente. Isso mostra que o mundo que habitamos atualmente é diferente do antigo, cujo legado se impunha como opção intelectual, ora como herança ou como fardo cultural.
A história ocupa, na sociedade contemporânea, um lugar ambíguo. Até o século XVIII, a história se caracterizava pela preponderância do passado, em consequência pela sua condição de portadora de exemplos para o presente e para o futuro. Ao longo do século XIX, uma nova forma de pensá-la, o regime moderno, consolida-se e inverte seu sentido, destituindo o passado do seu poder de exemplificar e de projetar insucessos. Não é mais do passado que se deve esperar lições, mas do futuro e suas possibilidade. O que importa agora é o presente.
O Brasil e a Amazônia estão sofrendo no presente os erros do passado, erros que foram sepultados para esconder o crime praticado contra a inteligência e o bom senso por elites políticas e econômicas, erros que vem se repetindo desde que o Brasil se libertou de Portugal. Erros como o golpe contra Don Pedro II; com a troca da borracha pelo café; da elaboração da constituição de 88 e da eleição de socialistas e comunistas para governar o Brasil, erros que se somam para que no presente vivamos, como brasileiros, uma crise social, econômica e institucional sem precedentes, erros que infelizmente, ainda se pratica, mesmo com a eleição de Bolsonaro pelo povo brasileiro, em razão do quadro político, administrativo e judicial remanescente, fator que impede que o atual governo ponha em prática políticas e programas que possam reverter o atual quadro de crise que impede o Brasil de crescer e se desenvolver de forma harmônica e de acordo com a vontade do povo brasileiro.
Somos, portanto, como brasileiros, vítimas de erros cometidos por elites descompromissadas com um projeto de nação, por escolhas políticas equivocadas e por falta de interesse de seu povo de transformar as riquezas incomensuráveis recebidas dos portugueses em desenvolvimento e de boa qualidade de vida. Em grande parte, somos também, todos responsáveis, como brasileiros, pelos erros cometidos e admitidos, por elites que só tinham como objetivo seus interesses egoístas. Aprendemos a lição? Depende de como nos comportaremos diante das travas bandidas que estão sendo impostas por políticos e juízes insanos remanescentes ao governo Bolsonaro.
Armando Soares